TEÓFILO OTONI — O vereador Northon Neiva Diamantino, presidente da Comissão Permanente de Legislação, Justiça e Redação (CLJR) da Câmara Municipal de Teófilo Otoni, tem defendido que, diante da iminente possibilidade de a Cemig perder a concessão de quatro usinas hidrelétricas que são importantíssimas para a empresa, e, por conseguinte, para os usuários dos serviços da Cemig — todos nós mineiros —, a Câmara Municipal deve se manifestar sobre essa iminente venda deixando clara a sua posição, uma vez que Northon diz ter certeza que todos os vereadores da nossa cidade são contra o leilão dessas usinas para outras empresas que não sejam a Cemig.
Entendendo o Imbróglio
Há alguns anos venceu o prazo de concessão de quatro usinas hidrelétricas federais que, em Minas, estavam sob a gestão da Cemig. As quatro usinas são:
1 — Jaguará (que fica entre os municípios de Sacramento, em Minas Gerais, e Rifaina, em São Paulo);
2 — Miranda (localizada no município de Indianópolis, às margens do Rio Araguari, em Minas Gerais);
3 — São Simão (localizada entre os municípios de Santa Vitória, em Minas Gerais, e São Simão, Goiás);
4 — Volta Grande (localizada no município de Conceição das Alagoas, às margens do Rio Grande), em Minas Gerais.
Uma vez que não houve acordo num primeiro momento entre a Cemig e o Governo Federal, que detém a titularidade das usinas, o Governo resolveu levá-las a leilão com o propósito de arrecadar R$ 10,1 bilhões com o leilão dessas concessões.
“O problema”, defende Northon Neiva, “é que se esse leilão for levado adiante, a Cemig, que está quebrada desde o colapso do setor energético no Brasil entre 2012 e 2013, pode perder essas concessões, o que aumentaria o custo da energia em Minas Gerais em pelo menos cinquenta por cento. E isso implicaria aumento nas contas de luz aqui em Teófilo Otoni também”.
Atitude e Ação
Tendo em vista o risco desse leilão para a população mineira, Northon está protocolando um requerimento junto à Mesa Diretora da Câmara, ainda nesta semana, aproveitando as reuniões ordinárias de agosto, sugerindo que o Poder Legislativo Local faça uma moção contrária à realização deste leilão e em defesa de uma negociação entre o Governo Federal com a própria Cemig.
“Alguns poderão dizer que uma andorinha só não faz verão, e com isso não vai adiantar a Câmara Municipal se envolver nisso, que é um assunto entre Estado e União. Mas se todas as câmaras municipais de Minas Gerais, que tem 853 municípios, fizerem a mesma coisa, ganharemos um poder de pressão enorme sobre o Governo Federal. E se queremos que os outros façam, cabe a nós dar o exemplo e começar a fazer isso agora”, defendeu o vereador.