Naufrágio deixa 400 imigrantes mortos no Mar Mediterrâneo

Naufrágio deixa 400 imigrantes mortos no Mar Mediterrâneo

Entre as vítimas há crianças e bebês. O barco partiu na costa Líbia nesta segunda-feira e naufragou menos de 24 horas depois. Cerca de 150 pessoas conseguiram se salvar.

Grupo de imigrantes que sobreviveram a naufrágio aguardam por atendimento médico no porto de Corigliano Calabro, na Itália (VEJA.com/AFP)
Grupo de imigrantes que sobreviveram a naufrágio aguardam por atendimento médico no porto de Corigliano Calabro, na Itália (VEJA.com/AFP)

Cerca de 400 imigrantes morreram na tentativa de chegar à Itália a partir da Líbia quando o barco em que viajavam naufragou, contaram os sobreviventes nesta quarta-feira. O barco, transportando aproximadamente 550 pessoas, virou cerca de 24 horas depois de deixar a costa da Líbia, de acordo com alguns dos 150 sobreviventes que foram resgatados e levados a um porto do sul da Itália. Entre as vítimas há crianças e bebês, disseram os sobreviventes.

Os sobreviventes do mais recente naufrágio eram em sua maioria africanos subsaarianos, disse um porta-voz da ONG Save the Children. Antes deste incidente, já havia sido registrada a morte de mais de 500 imigrantes que cruzam o Mediterrâneo a partir da África neste ano, muito acima da cifra de 47 no mesmo período de 2014, disse Organização Internacional para as Migrações (OIM), sediada em Genebra.

O número de barcos que transportam imigrantes com o objetivo de alcançar a União Europeia (UE) vindos da África aumentou nas últimas semanas, já que o clima de primavera torna a travessia mais segura. Em fevereiro, mais de 300 pessoas morreram afogadas ao tentar atravessar em meio ao clima frio e ao mar agitado.

A Save the Children, a OIM e outras organizações humanitárias têm pedido para a União Europeia reforçar suas operações de salvamento no mar assim como normalmente faz no verão. Autoridades italianas informam que mais de 15.000 imigrantes chegaram até agora em 2015. O Ministério do Interior da Itália solicitou aos prefeitos para encontrarem habitação de emergência para 6.500 imigrantes.

O pedido foi criticado pela oposição, que defende a política de resgatar imigrantes incentiva outros a tentarem a viagem marítima. O governo da Itália também pede ajuda financeira da UE para manter suas operações de resgate no Mar Mediterrâneo. Com o verão do hemisfério norte se aproximando, a UE Frontex, agência responsável pelas fronteiras do bloco, estima que mais de 500.000 pessoas devem tentar deixar o Norte da África rumo à Europa.

Fonte: VEJA



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