Galo vence o Santa Fé e segue vivo na Libertadores

Galo vence o Santa Fé e segue vivo na Libertadores

Atlético chega aos seis pontos e embola o Grupo 1 da Libertadores.

Meia Carlos abriu o placar na vitória do Atlético-MG sobre o Santa Fé (Thomás Santos/Futura Press)
Meia Carlos abriu o placar na vitória do Atlético-MG sobre o Santa Fé (Thomás Santos/Futura Press)

O Atlético não teve facilidades, mas venceu o Santa Fe por 2 a 0, nesta quinta-feira, no Independência, e embolou o Grupo 1 da Copa Libertadores. O jogo contou com todos os elementos que marcam a competição continental, e teve divididas duras, cartões, clima de decisão, confusão no fim e gol de personagem simbólico. Se não foi um primor no aspecto técnico, o time de Levir Culpi mostrou raça e disposição, condição essencial em jogos de Libertadores.

A vitória do Galo nasceu ainda no primeiro tempo, aos 12 minutos. O jovem Carlos aproveitou tabela no meio-campo e ficou sozinho na área para finalizar. O herói da noite teve que sair da partida por causa de uma pancada forte na nuca. O segundo protagonista retornou depois de longo tempo sem jogar. A volta de Guilherme foi em grande estilo, com o meia marcando o segundo do Galo.

O ponto negativo no Horto foi o árbitro Andres Cunha, do Uruguai, que abusou dos erros de marcação.

A luta do Atlético pela classificação continua na próxima quarta-feira, no México, diante do Atlas. Já o Santa Fe viaja direto ao Chile para a partida contra o Colo Colo. Todos os clubes do grupo têm chances de passar às oitavas de final. Antes de pensar na continuidade da competição continental, o Alvinegro foca no clássico de domingo, no Horto, contra o Cruzeiro, pelas semifinais do Campeonato Mineiro.

O Atlético chegou aos seis pontos no grupo e igualou os colombianos. O Colo Colo lidera a chave, com nove. O Galo está em terceiro por causa do saldo de gols. Se tivesse marcado um gol a mais, o Alvinegro teria tomado a segunda posição.

Clima de decisão

Não podia ser diferente. O primeiro tempo entre Atlético e Santa Fe começou com espírito de decisão. A marcação cerrada das duas equipes diminuía o campo de ação no Independência. Mas, quando conseguiu criar pelo meio, o Atlético conseguiu fazer o gol antes dos 15 minutos. A tabela na parte intermediária do gramado, que começou com Rafael Carioca, passou por Dátolo e contou com um leve desvio de Lucas Pratto, terminou nos pés de Carlos, e dali para o fundo das redes: 1 a 0.

O gol não fez que o apetite do Atlético acabasse. Pelo contrário, o time de Levir Culpi pressionou ainda mais para marcar o segundo. Até os 35 minutos, o Santa Fe parecia perdido, ainda buscando compreender o ritmo do Galo. Quando se soltou mais ao campo de ataque, o Cardenal conseguiu ameaçar a meta de Victor em uma cobrança de escanteio e uma falta cobrada para a grande área, mas sem oferecer grandes sustos.

O vilão do primeiro tempo foi o árbitro Andres Cunha. Com inversão de faltas e outras marcações inexplicáveis, ele atrapalhou o ritmo da partida no Independência. A torcida do Atlético xingou o uruguaio na saída para o intervalo. As faltas duras cometidas pelos dois lados também não foram punidas com cartão amarelo, condução comum de alguns árbitros em Copas Libertadores.

Sufoco e alívio

No contra-ataque puxado por Lucas Pratto, Marcos Rocha recebeu livre na direita, mas optou por finalizar ao invés de cruzar para a área. Dátolo estava sozinho para completar. A pressão continuou e Luan quase marcou em bola rebatida pela defesa, aos 10 minutos.

A insistência nas cobranças longas de lateral de Marcos Rocha foi uma opção do Alvinegro. Com muita força ofensiva, Lucas Pratto se destacava nas jogadas e finalizações do time.

Os erros de arbitragem continuaram a irritar os torcedores do Atlético. Morelo deveria ter sido expulso, mas o uruguaio não deu o vermelho. Um pênalti cobrado pelos jogadores do Galo também foi ignorado.

O Atlético parou de engrenar as saídas rápidas e erros muitos passes no fim do jogo. No último minuto, Lucas Pratto recebeu de Guilherme, no melhor contra-ataque armado no segundo tempo, mas o chutou nas mãos do goleiro.

Porém, em outro lance isolado, a bola chutada pelo goleiro Victor encontrou Guilherme, e o Atlético enfim achou a tranquilidade no Independência. O meia chutou por duas vezes para conseguir balançar as redes: 2 a 0. A volta de Guilherme, que não jogava desde outubro, por conta de lesão muscular, foi em grande estilo.

Atlético 2 x 0 Santa Fé

ATLÉTICO: Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Jemerson e Douglas Santos; Leandro Donizete, Rafael Carioca, Luan (Cárdenas) e Jesús Dátolo (Josué); Carlos (Guilherme); e Lucas Pratto – TÉCNICO: Levir Culpi.

SANTA FÉ: Leandro Castellanos; Yulián Anchico, Yerry Mina, Francisco Meza e Ricardo Villarraga; Juan Daniel Roa, Daniel Torres, Luis Carlos Arias, Dario Rodriguez (Luiz Páez) e Omar Pérez; Wilson Morelo (Miguel Borja) – TÉCNICO: Gustavo Costas.

GOLS: Carlos, aos 12 minutos (1º tempo); Guilherme, aos 46 minutos (2º tempo)

MOTIVO: 4ª rodada do Grupo 1 da Libertadores
ESTÁDIO: Independência, em Belo Horizonte
DATA E HORA: Quinta-feira, 9 de abril, às 21h45

ÁRBITRO: Andres Cunha (URU)
ASSISTENTES: Maurício Espinosa e Miguel Nievas (URU)
CARTÕES AMARELOS: Morelo (Santa Fe); Lucas Pratto; Leonardo Silva; Leandro Donizete (Atlético)
PAGANTES: 21.237
RENDA: R$ 948.690, 00

Fonte: Super Esportes



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