“Vida Passageira”, por Nívia Lauar

“Vida Passageira”, por Nívia Lauar

Nívia Lauar é presidente da ONG Sociedade Ativa Valorizando Vidas, e do Conselho de Mulheres Cristãs de Teófilo Otoni (CMC-TO)

Por Nívia Lauar

Se pudéssemos ter consciência do quanto nossa vida é passageira, talvez pensássemos duas vezes antes de jogar fora as oportunidades que temos de ser e de fazer os outros felizes.

Mas a gente não sabe adivinhar. A gente não sabe por quanto tempo estará por aqui, por esse mundo. E descuidamos. Cuidamos pouco… de nós e dos outros.

Nos entristecemos por coisas pequenas e irrelevantes, superficiais. Perdemos minutos e horas preciosos com coisas e pessoas que nos atrasam a vida com sua negatividade.

Perdemos dias. Às vezes anos.

Nos calamos quando deveríamos falar. Falamos demais quando deveríamos ficar em silêncio. Não damos o abraço que tanto nossa alma pede porque algo em nós impede essa aproximação por orgulho, por achar que somos superiores.

Não damos um beijo carinhoso “porque não estamos acostumados com isso” e não dizemos que gostamos porque achamos que o outro sabe automaticamente o que sentimos… e alguns, se souberem dos meus sentimentos, irão ignorar.

Então passa a noite e chega o dia; o sol nasce e adormece e continuamos os mesmos, fechados em nós. Reclamamos do que não temos, ou achamos que não temos o suficiente.

Cobramos… dos outros. Da vida. De nós mesmos. Nos acostumamos a comparar nossa vida com a daqueles que possuem mais que a gente.

E se experimentássemos comparar com aqueles que possuem menos?

Isso faria uma grande diferença.

E o tempo passa…

Passamos pela vida. Não vivemos. Sobrevivemos… porque não sabemos fazer outra coisa. Até que, inesperadamente, acordamos e olhamos para trás. E então nos perguntamos: “E agora?”

Agora, hoje… ainda é tempo de reconstruir alguma coisa, de dar o abraço amigo, de dizer uma palavra carinhosa, de agradecer pelo que temos.

Nunca se é velho demais ou jovem demais para amar, dizer uma palavra gentil ou fazer um gesto carinhoso.

Não olhe para trás. O que passou, passou.

O que perdemos, perdemos.

Olhe para frente!

Ainda é tempo de apreciar as flores que estão inteiras ao nosso redor.

Ainda é tempo de voltar-se para Deus e agradecer pela vida que, mesmo passageira, ainda está em nós.

Pense!

Não o perca mais!

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NOTA: artigos publicados com assinatura não traduzem, necessariamente, a opinião dos editores do minasreporter.com. Sua publicação visa demonstrar pleno respeito à liberdade de expressão e tem o propósito de incentivar o debate dos problemas humanos e evidenciar a diversidade de opiniões no mundo contemporâneo.



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