Tesouro de 1.600 anos é encontrado no fundo do mar

Tesouro de 1.600 anos é encontrado no fundo do mar

Milhares de moedas com a imagem do imperador romano Constantino, o Grande (que viveu entre 274 e 337 d.C.) foram encontradas.

Entre os artefatos encontrados estão âncoras de ferro, restos de ancoras de madeira e materiais que foram empregados na construção e navegação da embarcação que naufragou (Baz Ratner/Reuters)
Entre os artefatos encontrados estão âncoras de ferro, restos de ancoras de madeira e materiais que foram empregados na construção e navegação da embarcação que naufragou (Baz Ratner/Reuters)

Arqueólogos mergulhadores resgataram estátuas de bronze, milhares de moedas de 1.600 anos atrás e outros objetos romanos em um navio naufragado perto do antigo porto de Cesárea, em Israel. De acordo com informaçõesdesta segunda-feira (16) do departamento de Antiguidades do país, o tesouro foi encontrado pelos mergulhadores amadores Ran Feinstein e Ofer Raanan em abril. “Há 30 anos não encontramos em Israel uma carga marítima como essa. As descobertas de estátuas de metal são raras porque na Antiguidade elas costumavam ser derretidas”, afirmou em comunicado Jacob Sharvit, diretor da unidade marítima do departamento de Antiguidades, em conjunto Dror Planer, auxiliar da unidade.

Constantino, o Grande – A grande surpresa foi a descoberta de dois sacos de 20 quilos lotados de milhares de moedas. Elas têm a imagem do imperador romano Constantino, o Grande (que viveu entre 274 e 337 d.C.), e de seu sucessor e rival Licinio, que governou a parte leste do império entre 308 e 324 d.C.. A recuperação dos objetos foi realizada nas últimas semanas por mergulhadores especializados e voluntários. A equipe utilizou equipamentos avançados para desenterrar os artefatos.

Entre outros achados romanos estão âncoras de ferro, restos de ancoras de madeira, materiais que foram empregados na construção e navegação da embarcação que naufragou, uma lâmpada de bronze com a imagem do deus Sol, uma estátua da deusa Lua, uma lâmpada com a efígie de um escravo africano e peças com o formato de animais. De acordo com as autoridades, os artefatos se encontram em extraordinário estado de conservação. Também foram localizados fragmentos de grandes jarras que eram usadas para levar água potável para a tripulação do navio.

De acordo com o comunicado, a localização e a distribuição dos artefatos no fundo do mar apontam que eles estavam em um grande navio mercante. De acordo com Sharvit, o navio aparentemente foi surpreendido por uma tempestade na entrada do porto e ficou à deriva até bater contra as rochas e o dique. Na tentativa de usar as âncoras, elas teriam se rompido pela força das ondas e do vento.

Cesareia foi construída pelo rei da Judeia, Herodes, no século I antes de Cristo. Seus importantes vestígios das épocas romana e medieval fazem desta localidade uma das grandes atrações de Israel.

(VEJA)



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