Protesto do GMOM contra a violência à mulher levou centenas às ruas de Teófilo Otoni

Protesto do GMOM contra a violência à mulher levou centenas às ruas de Teófilo Otoni

Os manifestantes carregavam faixas protestanto contra todo e qualquer tipo de violência contra a mulher (foto: GMOM | Divulgação)
Os manifestantes carregavam faixas protestanto contra todo e qualquer tipo de violência contra a mulher (foto: GMOM | Divulgação)

TEÓFILO OTONI — O Grupo de Mulheres Organizadas do Mucuri (GMOM) promoveu no sábado (04/03), em Teófilo Otoni, em conjunto com a Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica do 19º Batalhão de Polícia Militar (PPVD), um movimento em protesto à violência doméstica contra a mulher. O evento contou com a presença de homens e mulheres, representantes de diversos segmentos, como o prefeito Daniel Sucupira e do presidente da Câmara Municipal, Fábio Lemes.

Na Praça Tiradentes estava um ônibus lilás, um programa nacional da Secretaria de Políticas Para as Mulheres. O veículo é adaptado para atender mulheres em situação de violência, atendimento psicológico, psiquiátrico, assistência social e jurídica. O trabalho é itinerante e anda onde não existem equipes multidisciplinares para atender às mulheres que precisam de encaminhamento.

A integrante da Patrulha de Prevenção à Violência Doméstica do 19º BPM e do GMOM, soldado Juliana, participou do evento e destacou que a violência contra a mulher, de modo geral, é gritante. Disse que todo dia 8 de março, Dia Internacional da Mulher, é comum distribuir flores e fazer homenagens diversas, mas, neste sábado, o foco foi diferente; o GMOM veio lembrar a situação da mulher nos Vales do Mucuri e Jequitinhonha, especialmente em Teófilo Otoni.

Acompanhe, abaixo, em slideshow, alguns momentos importantes do evento:

Os trabalhos se concentraram inicialmente na sede da Casa dos Movimentos Populares, no Bairro Manoel Pimenta
Várias instituições participam do GMOM e, por conseguinte, da organização do evento
O presidente da Câmara Municipal de Teófilo Otoni, vereador Fábio Lemes, ao lado da enfermeira Celsilvana e integrantes da Polícia Militar apoiando o evento
Faixas e cartazes protestavam contra a violência à mulher
Centenas de pessoas, homens e mulheres, participaram do evento
O secretário de Estado de Direitos Humanos de MG, Nilmário Miranda, foi uma das autoridades a se pronunciar durante o ato público na Praça Tiradentes
Por último, houve apresentações artístico-culturais dirigidas por mulheres

Inicialmente, a concentração para a manifestação foi na sede da Casa dos Movimentos Populares, no Bairro Manoel Pimenta, onde foi servido um lanche para todos os participantes, e também foi promovida uma campanha de aferição de pressão arterial. Em seguida o grupo saiu às ruas para dar força às mulheres que vivem em situação de violência, sugerindo que essas mulheres denunciem e mudem de vida.

 

Na Praça Tiradentes, para onde a caminhada se dirigiu, foi realizado um ato público que contou com palestra do secretário estadual de Direitos Humanos, o Teófilo-otonense Nilmário Miranda. Membros da organização do evento também se pronunciaram, além de várias autoridades locais. Por último foram apresentados alguns números artístico-culturas realizados por mulheres.

 

A policial Juliana ainda ressaltou que a violência contra a mulher nesta região, especialmente em Teófilo Otoni, está acima da média do Estado. Segundo ela, é um dado do Sistema Integrado de Defesa Social (SIDS), entre os anos de 2013 e 2015. “A gente vem trazer à visibilidade essa questão da mulher, a violência doméstica contra a mulher que, de modo geral, é gritante no nosso município e na região. A gente precisa prestar atenção no que está acontecendo; levar isso para visibilidade, mostrar à população que as mulheres — sua irmã, tia, mãe, filha, avó, todas — precisam de ajuda e de apoio. Mostrar para os homens que foram educados para serem protagonistas, para serem os homens das famílias, que as mulheres agora estão ocupando outros espaços diferentes, e a gente precisa respeitar esses espaços, respeitar a mulher em todas as suas condições — psicológica, moral, patrimonial, sexual, e física”, finalizou Juliana.

(com informações do Diário Tribuna)



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