Polícia francesa mata suspeitos do atentado a jornal em Paris

Polícia francesa mata suspeitos do atentado a jornal em Paris

Dois terroristas foram mortos depois de oito horas de cerco. O terceiro terrorista num supermercado de produtos judaicos

Saïd Kouachi, foi ferido no pescoço no tiroteio com os policiais. Durante o cerco, Cherif Kouachi, o irmão mais novo, telefonou para um canal de televisão francês. Com a voz calma, ele confirmou que foi enviado pela Al-Qaeda do Iêmen e disse que recebeu financiamento do clérico Anwar al Awlaki
Saïd Kouachi, foi ferido no pescoço no tiroteio com os policiais. Durante o cerco, Cherif Kouachi, o irmão mais novo, telefonou para um canal de televisão francês. Com a voz calma, ele confirmou que foi enviado pela Al-Qaeda do Iêmen e disse que recebeu financiamento do clérico Anwar al Awlaki

Paris voltou, na noite de sexta-feira (9), a uma calma tensa e pesarosa, depois de uma sequencia de atentados terroristas, sequestros e caçadas policiais que deixaram um total de 17 mortos, além dos três terroristas.

Em ações simultâneas, a polícia matou dois terroristas, responsáveis pelo ataque ao jornal Charlie Hebdo, que estavam em uma gráfica, e liquidou o terceiro num supermercado de produtos judaicos.

Foram quase três dias em fuga. Até que na sexta (9), pouco antes das 9h da manhã, no horário local, os dois terroristas foram cercados.

Eles entraram no galpão de uma gráfica depois de uma perseguição policial numa estrada perto da cidade de Dammartin-en-Goële, cerca de 40 km ao norte de Paris.

Um deles, Saïd Kouachi, foi ferido no pescoço no tiroteio com os policiais. Um funcionário da gráfica estava dentro do prédio e ficou o tempo todo escondido.

Durante o cerco, Cherif Kouachi, o irmão mais novo, telefonou para um canal de televisão francês. Com a voz calma, ele confirmou que foi enviado pela Al-Qaeda do Iêmen e disse que recebeu financiamento do clérico Anwar al Awlaki.

Atiradores de elite foram colocados de prontidão nos telhados próximos. Cerca de mil crianças tiveram que deixar a escola, e os hospitais foram colocados em alerta. Helicópteros monitoravam toda a área.

No começo da tarde, pelo horário local, outro cerco começava no leste de Paris, perto da Porte de Vincennes. Um homem fortemente armado entrou num supermercado judaico e fez vários reféns.

O sequestrador era Amedy Coulibaly, de 32 anos, com uma vasta lista criminal. Ele estava com a ex-namorada Hayat Boumeddiene, de 26 anos. De dentro do supermercado, Coulibaly também ligou para um canal de televisão e disse que era um militante do grupo terrorista Estado Islâmico e que tinha coordenado seu ataque com os irmãos Kouachi.

Ele ameaçou matar os reféns se os dois terroristas não fossem libertados. O sequestrador disse ainda que queria defender palestinos e atacar judeus.

Por volta das 17h, depois de mais de oito horas de cerco, os irmãos Koachi saíram atirando do galpão. Os policiais revidaram com bombas e houve intensa troca de tiros.

Os dois terroristas foram mortos. Um policial ficou ferido e o funcionário da gráfica saiu ileso. Minutos depois, no outro cerco, Amedy Coulibaly começou a atirar nos reféns. Quatro morreram.

A polícia agiu imediatamente, levantou a porta do supermercado, invadiu o local e matou o sequestrador. Enquanto os policiais entravam, 15 reféns saíram correndo do local e conseguiram escapar.

Hayat Boumeddiene, suspeita de ter participado do sequestro conseguiu fugir e a polícia está atrás dela. Coulibaly e Boumeddiene são acusados de matar uma policial na quinta-feira (8) em um incidente que não se sabia se estava relacionado ao atentado ao jornal Charlie Hebdo.

A polícia francesa confirmou que o sequestrador Coulibaly e os irmãos Kouachi faziam parte de uma mesma célula terrorista no norte de Paris.

(G1 – Cecília Malan)



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