Oposição vai apoiar reformas na economia, mas não aumento de impostos

Oposição vai apoiar reformas na economia, mas não aumento de impostos

Líderes dos partidos de oposição se reuniram na manhã desta terça-feira para afinar o discurso em relação às reformas econômicas propostas pelo governo

Líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM)(Divulgação/Câmara dos Deputados)
Líder do DEM, deputado Pauderney Avelino (AM)(Divulgação/Câmara dos Deputados)

Líderes da oposição na Câmara afinaram o discurso e anunciaram, após reunião na manhã desta terça-feira, que seguirão a estratégia do PSDB e vão apoiar as reformas estruturantes na economia, como a da Previdência Social, que serão enviadas pelo governo. Assim como o PSDB, o DEM e o PPS ponderam que a adesão está condicionada ao apoio às propostas de partidos da base aliada, principalmente do PT, e não se estende a medidas de aumento de impostos.

Líder do DEM, o deputado Pauderney Avelino (AM) afirmou que a oposição vai apoiar qualquer proposta do governo que não seja uma “peça publicitária”. Segundo ele, os opositores vão avaliar as reformas estruturantes que o governo quer mandar ao Congresso, desde que contem com apoio da base aliada. “Sem aumento de impostos e sem CPMF”, ponderou. Apesar da disposição em apoiar, o Democrata disse acreditar que o governo não tem condições políticas de enviar reformas.

Com a justificativa de que a crise econômica é grave e, por isso, não pode se transformar em palco para luta política, a bancada do PSDB decidiu apoiar o governo em algumas das chamadas reformas estruturantes na economia. Inicialmente, a divulgação da estratégia dos tucanos pela imprensa não foi bem recebida pelos outros partidos da oposição, que criticaram a ideia.

Deputados do PSDB reconheceram, reservadamente, que o partido pode ter se precipitado ao não comunicar previamente às outras legendas da oposição sua nova estratégia na Câmara. “Talvez tenha sido precipitada a divulgação. Como é uma coisa confusa, talvez devesse ter sido precedida de uma conversa preliminar”, disse um tucano. Após a reunião desta terça-feira, contudo, eles dizem que apararam as arestas e afinaram o discurso.

(com Estadão Conteúdo)



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