Novo estudo classifica as melhores e piores máscaras contra a Covid-19

Novo estudo classifica as melhores e piores máscaras contra a Covid-19

Pesquisa publicada na Science Advances analisou 14 tipos de produtos comumente disponíveis

Máscara de prevenção à Covid-19 (Foto: Reprodução)

Um novo estudo analisou 14 tipos de máscara comumente disponíveis para avaliar sua eficácia na proteção contra o coronavírus. Os resultados mostraram que a mais eficaz é a N95, usada por profissionais de saúde. Máscaras cirúrgicas de três camadas e as de algodão também tiveram um bom desempenho.

Pesquisadores da Universidade Duke, nos Estados Unidos, fizeram um simples experimento para avaliar o nível de proteção das máscaras. Eles equiparam uma caixa preta com um laser e uma câmera de celular e fizeram com que uma pessoa falasse na direção do feixe de laser dentro da caixa a seguinte frase “mantenham-se saudáveis, pessoal”, cinco vezes.

O teste foi feito sem máscara, para servir como controle, e repetido com os 14 tipos de máscara analisados. Algumas foram testadas por quatro pessoas diferentes. A câmera registrou a quantidade de gotas respiratórias emitidas pela fala e um algoritmo determinou quantas gotas vazaram pela máscara.

Os resultados mostraram que as máscaras profissionais N95 reduziram a transmissão de gotículas para menos de 0,1%. As máscaras cirúrgicas de três camadas ou de polipropileno vieram em seguida, reduzindo a transmissão de gotículas em 90% ou mais, em comparação com a ausência de cobertura facial.

Máscaras de algodão, feitas a mão, forneceram uma boa cobertura, eliminando 70% a 90% das gotículas expelidas pela fala. Por outro lado, as bandanas dobradas apenas reduziram as gotículas perdidas em cerca de 5%. Já a lã de pescoço – acessório frequentemente usado por corredores – aumentou a quantidade de spray. Uma possível explicação para esse fenômeno é que o tecido dispersa as gotas maiores em muitas gotas menores, aumentando a quantidade.

As máscaras N-95 com válvulas – projetadas para ambientes industriais em que a expiração do usuário é menos importante do que o que ele inspira – tiveram um desempenho quase igual às máscaras de algodão, em termos de quantidade de spray transmitida.

“Queremos enfatizar que realmente incentivamos as pessoas a usarem máscaras, mas queremos que elas usem máscaras que realmente funcionam”, disse Martin Fischer, um dos autores do estudo, à rede americana CNN.

Confira abaixo o ranking das máscaras, de acordo com o estudo. A ordem é da que protege mais, para a que protege menos:

1- N95

2- Máscara cirúrgica descartável

3- Máscara de polipropileno e algodão (o material sintético polipropileno é colocado entre duas camadas de algodão)

4- Máscara de polipropileno de amarrar (duas camadas de material sintético)

5 – Máscara de algodão de amarrar*

6- Máscara de amarrar feita com duas camadas de algodão*

7- N95 com válvula

8- Máscara de algodão costurada a mão*

9- Máscara de algodão plissado da empresa americana Hudson’s Hill, sediada na Carolina do Norte, de camada única*

10 – Máscara de algodão plissado de camada única*

11- Máscara de algodão plissado de camada dupla*

12 – Máscara feita com tecido de camiseta

13 – Bandana dobrada usada como máscara

14 – Gola de pescoço usada como máscara

*De acordo com o estudo, todas as máscaras de algodão tiveram desempenho semelhante. A diferença está associada ao quão alto a pessoa fala e ao ajuste da máscara no rosto.

(Com informações da VEJA.com)



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