Governo quer aproximação com elite do empresariado para enfrentar a crise

Governo quer aproximação com elite do empresariado para enfrentar a crise

Objetivo é ganhar apoio dos chefes do PIB brasileiro para pressionar o Congresso a votar contra medidas de forte impacto fiscal.

Presidente Dilma Rousseff quer marcar reunião com empresários no mesmo molde da realizada com os governadores na semana passada(Evaristo Sá/AFP)
Presidente Dilma Rousseff quer marcar reunião com empresários no mesmo molde da realizada com os governadores na semana passada(Evaristo Sá/AFP)

Com a deterioração tanto do cenário econômico como do político, a presidente Dilma Rousseff irá pedir apoio para as lideranças do Produto Interno Bruto (PIB) – ou seja, a elite do empresariado brasileiro – para conseguir achar uma saída para a crise que acomete o início do seu segundo mandato.

Segundo reportagem do jornal Folha de S. Paulo, publicada nesta sexta-feira, o governo pretende chamar empresários para uma reunião no Palácio da Alvorada. A ideia é que o encontro seja no mesmo formato do realizado com governadores na semana passada.

Além dos empresários, o governo pretende marcar conversas individuais com executivos do mercado, que já são relativamente próximos do Planalto. Na lista, está Luiz Carlos Trabuco (Bradesco), Jorge Gerdau (Gerdau), Abílio Diniz (BRF) e Rubens Ometto (Cosan).

Segundo avaliações internas da equipe da presidente, é necessário recuperar o diálogo e refazer pontes com os barões do capital no país. O objetivo é que, com o apoio do empresariado, a iniciativa privada passe a influenciar o Congresso a votar a favor do ajuste fiscal e contra medidas que aumentem as despesas da União.

Nesta quinta-feira, duas das principais entidades representantes da indústria brasileira, Fiesp e Firjan, soltaram uma nota em apoio à preservação da estabilidade institucional. Sem mencionar nominalmente a presidente Dilma, o texto citava apenas o vice-presidente Michel Temer, que um dia antes havia feito um apelo ao Congresso para não aprovar projetos que tenham forte impacto fiscal.

Fonte: VEJA



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