Estado Islâmico lucra até US$ 200 milhões por ano com antiguidades, diz Rússia

Estado Islâmico lucra até US$ 200 milhões por ano com antiguidades, diz Rússia

Artefatos históricos danificados, dentro do Museu de História de Palmira, na Síria, após os ataques do grupo Estado Islâmico. Forças do regime do ditador Bashar Assad reocuparam a área (Sana/Reuters)
Artefatos históricos danificados, dentro do Museu de História de Palmira, na Síria, após os ataques do grupo Estado Islâmico. Forças do regime do ditador Bashar Assad reocuparam a área (Sana/Reuters)

Os militantes do Estado Islâmico (EI) estão lucrando entre 150 milhões e 200 milhões de dólares por ano com o tráfico de antiguidades saqueadas de sítios históricos, de acordo com o embaixador russo na ONU, Vitaly Churkin.

“Cerca de 100 mil objetos de importância global, provenientes de 4.500 sítios arqueológicos, nove deles presentes na lista de Patrimônio Mundial da Unesco, estão sob o controle do Estado Islâmico na Síria e no Iraque”, afirmou o embaixador em carta ao Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas divulgada nesta quarta-feira. “O lucro obtido com o comércio ilegal de antiguidades e tesouros arqueológicos é estimado entre 150 milhões e 200 milhões de dólares por ano”, declarou.

O contrabando de objetos, escreveu Churkin, é organizado pela divisão de antiguidades do Estado Islâmico dentro do equivalente a um ministério de recursos do grupo. Somente os que têm a autorização podem escavar, remover e transportar antiguidades.

Detalhes do departamento do grupo para espólios de guerra já foram revelados pela agência de notíciasReuters, que analisou alguns documentos apreendidos pelas Forças de Operações Especiais dos Estados Unidos em uma ação em maio de 2015 na Síria. Contudo, a carta de Churkin fornece novas informações sobre o caso.

O enviado russo afirmou que as antiguidades saqueadas são na sua maior parte contrabandeadas via território turco. Churkin afirmou que joias, moedas e outros objetos são levados à Turquia, onde grupos criminosos produzem documentos falsos sobre a sua origem. “As antiguidades são então oferecidas a colecionadores de vários continentes, geralmente em leilões na internet em sites como eBay e lojas online especializadas”, disse.

(Com Reuters)



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