Em BH, Marta Rocha leva turistas para uma viagem no tempo na Pampulha

Em BH, Marta Rocha leva turistas para uma viagem no tempo na Pampulha

A jardineira dos anos 1950 passeia por 18 quilômetros na orla da Lagoa e faz sucesso com o público

 

A jardineira Marta Rocha (foto: Fotos: Helvécio Carlos/EM/D.A PRESS)
A jardineira Marta Rocha (foto: Fotos: Helvécio Carlos/EM/D.A PRESS)

Por Helvécio Carlos  |  Portal UAI

Marta Rocha está com tudo e não está prosa. Acredite: aos sábados e domingos, ela é capaz de parar o trânsito e deixar muito marmanjo de queixo caído. A criançada a adora: pede fotos, dá tchauzinho, manda beijos. A seu jeito, ela curte todo esse assédio distribuindo… buzinadas ao longo de 18 quilômetros na orla da Lagoa da Pampulha!

Essa Marta mineira não é miss, mas a jardineira dos anos 1950 que há três meses leva turistas para passeios de pouco mais de uma hora no cartão-postal de BH — com direito a paradas para visita rápida à Casa JK e ao Museu de Arte da Pampulha (MAP), além de uma passadinha em frente à Casa do Baile.

A ideia de pôr a simpática jardineira na pista veio do empresário Jeferson Rios, criador do Museu de Objetos e Veículos Antigos (Mova). Marta Rocha faz parte do acervo. Antenado à necessidade de um serviço para atender o turista na Pampulha, ele propôs a ideia à Prefeitura e à Belotur, que toparam a parada.

Basta Marta estacionar perto da igrejinha de São Francisco para chamar a atenção. Vem gente de todos os lados conhecê-la. O engenheiro-agrônomo Sérgio Luis Peretta descobriu o projeto Pampulha Retrô Tour por meio de um flyer no hotel onde se hospedou com a família. “É a minha primeira vez em Belo Horizonte. Como não tinha muito tempo, achei o passeio uma boa oportunidade’”, revelou ele.

“O percurso é rápido e objetivo”, resumiu Sérgio Diniz. O supervisor de vendas, que mora no Bairro Caiçara, decidiu apresentar a região aos gêmeos Lucas e Igor, de 9 anos. Sérgio considera as paradas na Casa JK e no MAP como os melhores momentos do passeio. Por sua vez, os meninos não pensam duas vezes antes de apontar a jardineira como o melhor da festa.

Foram necessários oito anos de reforma para recuperar o veículo. Jeferson Rios instalou um bar e uma chopeira ao espaço do último banco. “Era uma característica dos carros de turismo no início dos anos 1970’”, conta o empresário.

Perto das janelas há imagens de produtos lançados nos anos 1950 e 1970. “As jardineiras eram usadas no transporte municipal e intermunicipal. Mais tarde, foram incorporadas ao turismo. Depois de rodar o Sul de Minas, Marta Rocha foi parar em Contagem, onde a adquiri. Era usada também na troca de produtos: leite por queijo, galinha por banha de porco. Alguns desses itens estão reconstituídos no bagageiro”, explica Jeferson.

Detalhe vintage: se o calor apertar, a solução é abrir a janela, curtir o ventinho e se deixar levar pela diversão. Ar-condicionado? Nem pensar…

MARTA ROCHA
Ponto ao lado da Igreja de São Francisco de Assis
(Av. Otacílio Negrão de Lima, 3.000, Pampulha). Saídas aos sábados, domingos e feriados, das 10h às 13h e das 14h às 17h. Passagem: R$ 20,00.



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