Edson Soares e Ricardo da Emex podem formar chapa para a Prefeitura em 2016

Edson Soares e Ricardo da Emex podem formar chapa para a Prefeitura em 2016

Por David Ribeiro Jr.

No ano passado eu escrevi um editorial para o Jornal O REPÓRTER NOTÍCIAS afirmando que a maior guerra política da história de Teófilo Otoni estava para começar. O editorial foi reproduzido pelo minasreporter.com no dia 08 de janeiro (leia-o aqui) e obteve mais de 1.000 visualizações. Só para constar, continuo acreditando nisto.

Até então já temos certeza de duas candidaturas. Uma é a do grupo do atual prefeito Getúlio Neiva. Num primeiro momento o nome que deve disputar é o do próprio Getúlio. Algumas pessoas insistem em afirmar nos bastidores que há uma possibilidade real de o Dr. Ilter disputar, já que este foi um compromisso assumido na campanha de 2012. Consta que Getúlio ficaria um mandato e apoiaria o Dr. Ilter no seguinte. Ocorre que, apesar deste boato ter sido amplamente divulgado nos meios políticos, tanto em conversas de bastidores quanto naquelas protagonizadas pelos corneteiros de plantão, nunca chegou a ser de fato confirmado pelo prefeito Getúlio. Ao contrário, em sua última entrevista ao minasreporter.com, o próprio presidente do PSDB (partido do Dr. Ilter), Clélio Gosling, o Pelé, deixou claro que na política brasileira “você não tem que se fechar” (leia a íntegra da entrevista aqui). Em dado momento da entrevista Pelé foi enfático em afirmar o seguinte: “(…) O município está bem administrado e nós fazemos parte da base aliada do governo Getúlio Neiva. E vamos continuar com esse governo, pois acreditamos na sua reeleição”. … Então, pelo menos para mim, já está muito claro quem será o candidato desta aglutinação PMDB/PSDB e partidos coligados.

Muita gente ainda ficou com medo de Getúlio ser expulso do PMDB por causa das suas divergências com a Executiva estadual do partido em função de não ter apoiado a campanha do governador Fernando Pimetel. Nem isso preocupa mais. Se o PMDB insistir em expulsar Getúlio, quem perde é o partido. No mês passado o Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu por unanimidade que os votos de alguém eleito pelo sistema majoritário lhe pertencem, e não ao partido, à diferença do que ocorre com os eleitos pelo sistema proporcional (no caso dos vereadores e deputados). Assim, se o PMDB estadual insistir em encher o saco de Getúlio, ele migra para outro partido e ainda sai se dizendo vítima de perseguição, o que é bom para ele. Simples assim.

Bem, se por um lado nós temos o nome de Getúlio disposto a tudo para conseguir um quarto mandato (ele já foi prefeito outras duas vezes além do atual mandato), temos um PT que está disposto a partir para cima para assegurar a vitória do partido no ano que vem. Já se falou até em lançar novamente o nome de Maria José Haueisen Freire (que à época da eleição estará com 86 anos). Mas eu ainda acredito que o candidato do partido será mesmo o vereador Daniel Sucupira, ainda mais depois da saída de Ricardo da Emex do partido. Há quem acredite que o vereador Thalles Contão, que hoje está mais tranquilo, possa apresentar o seu nome e começar uma pré-campanha a partir do segundo semestre deste ano. Eu ainda acho que o candidato será mesmo Daniel. Ele tem maioria na convenção do partido e, a não ser que haja algum fato novo, dificilmente lhe tirarão esta candidatura.

Se por um lado nós temos duas candidaturas consolidadas, por outro nós temos alguns nomes que correm pelas beiradas. Atualmente já se fala até em uma quarta e uma quinta vias alternativas que poderiam se lançar com o apoio de deputados (leia a respeito aqui). Eu, no entanto, penso que isso é só balão de ensaio. Mas que a proposta existe, existe. A terceira via, por sua vez, praticamente já tem as nuances delineadas. Nas duas últimas semanas tem havido algumas reuniões da parte de vários nomes que defendem uma coligação que una numa mesma chapa o ex-prefeito Edson Soares, que por duas vezes dirigiu os rumos do município, além de ter sido deputado federal, e o empresário Ricardo da Emex, que teve quase trinta mil votos pelo PT nas últimas eleições, e que, como já disse aqui antes, tem a possibilidade de um dos discursos mais desejados pelos publicitários, coordenadores e operadores de campanha (leia mais aqui).

Por enquanto ninguém fala ainda quem será o candidato a prefeito e quem será o vice. Há quem defenda Edson como cabeça de chapa, e há, também, evidentemente, quem defenda Ricardo como cabeça de chapa. Que Edson Soares tem subido morros, dado entrevistas e aparecido em lugares públicos, há algum tempo que já havíamos notado isso. Ricardo da Emex, por sua vez, tem feito um trabalho mais institucional mostrando-se como um grande presidente da Associação Comercial e Empresarial de Teófilo Otoni (ACETO). Uma coisa é certa: se há algum tempo a gente não vê uma terceira via com chances reais, se esses dois se unirem, eles podem mudar tudo no jogo. Não é à toa, inclusive, que o nome de Edson já teria sido até sondado como possível vice numa chapa petista.

Como já disse antes, as apostas estão sendo colocadas sobre a mesa. É só uma questão de tempo para que comece a maior guerra política da história de nossa cidade.

Quem viver, verá!

 

Por David Ribeiro Jr.

David Ribeiro Jr. é editor-chefe do Portal minasreporter.com

E-mail: davidsanthar@hotmail.com



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