Desempregado demora 8 meses para se recolocar; veja dicas de economia

Desempregado demora 8 meses para se recolocar; veja dicas de economia

Brasileiro demora 36 dias a mais para arranjar emprego em relação a 2014. Quem perde emprego deve rever gastos e colocar as finanças em ordem.

A recessão causa aumento do desemprego e maior dificuldade de recolocação. De acordo com estimativa realizada pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) através de dados do IBGE, um brasileiro que fica desempregado demora cerca de 8 meses para se recolocar no mercado de trabalho.

“Os oito meses estimados pelo SPC Brasil é um período significativamente maior que os 6,8 meses que eram necessários no final de 2014, um aumento de 36 dias”, analisa a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. “O tempo maior para a recolocação é reflexo da conjuntura econômica atual, em que se observa o fechamento de postos de trabalho ao invés da criação de outros novos”, diz.

As demissões superaram as contratações em 1,54 milhão de vagas formais em todo ano passado, segundo dados do Ministério do Trabalho com base no Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged).

O resultado de 2015 foi o pior para um ano da série histórica do Ministério do Trabalho, que tem início em 2002, considerando ajustes. Na série sem ajustes, é o pior desempenho desde 1992, quando teve início a contabilização dos empregos formais pelo governo. Com isso, trata-se do pior resultado em 24 anos.

Prevenção
Com a economia em crise, recomenda-se que os brasileiros previnam-se contra o possível desemprego. “Caso não tenha feito uma reserva financeira ao longo do tempo antes de ser demitido, a pessoa corre o risco de abusar dos cartões de crédito e de empréstimos, caindo, assim, em uma grande bola de neve de dívidas”, explica o educador financeiro do SPC Brasil, José Vignoli.

Por outro lado, Vignoli alerta que quem perder o emprego deve, além de rever os gastos, aproveitar para colocar as finanças pessoais em ordem. “Com o dinheiro que a pessoa receber na demissão, seja de férias ou FGTS, ela pode quitar dívidas que eventualmente já tenha, evitando o prolongamento das temidas taxas de juros, que podem ultrapassar os 400% ao ano”, alerta.

Dicas
Após o desemprego bater à porta, veja as dicas da economista e do educador financeiro:

– Seja realista sobre a situação financeira.
– Faça a revisão de todos os gastos e analisar o que é prioridade.
– Adapte-se à nova realidade e o novo padrão de vida.
– Corte as regalias que muitas vezes custam caro e costumam ser “invisíveis” no orçamento.
– Renegocie as dívidas pendentes.

Fonte: G1 



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