Além de não fazer bem ao corpo, pesquisa mostra que comida ‘fast food’ tira o prazer da vida e gera ansiedade

Além de não fazer bem ao corpo, pesquisa mostra que comida ‘fast food’ tira o prazer da vida e gera ansiedade

Por Mary Ribeiro

Quanto maior for o papel que os alimentos 'fast food' representam em sua vida, menos você desfruta dela
Quanto maior for o papel que os alimentos ‘fast food’ representam em sua vida, menos você desfruta dela

Três estudos baseados em psicologia social e ciência da personalidade feita por psicólogos da Universidade de Toronto, no Canadá, constataram que quanto maior for o papel que os alimentos fast-food representam em sua vida, menos você desfruta dela. Os pesquisadores acreditam em consequências psicológicas: “a cultura de velocidade e eficiência pode significar que nos tornamos tão apressados e impacientes que já não somos capazes de desfrutar de nossas vidas, porque já não tomamos tempo para fazê-lo”.

Para o médico Fábio Cardoso, especialista em medicina preventiva, longevidade e antienvelhecimento, e mestre em medicina do esporte, a comida fast-food se encaixa em uma cultura que coloca um valor alto na eficiência. “Queremos fazer mais em menos tempo. E isso ocorre com tudo. As refeições não são mais um ritual. Em vez disso, podemos pegar o carro e ir ao drive-thru de alguma rede fast food”.

Fábio enfatiza que o estudo canadense destaca o alto grau de ansiedade que as pessoas estão incorporando no dia a dia. E não dá para ser feliz sendo ansioso. Pela pressa, as pessoas são levadas a tomar decisões rápidas em tudo, pessoais e alimentares, para acelerar a vida. Mas isso não vai gerar bem-estar e felicidade. “O que nos faz pensar: estamos indo cada vez mais rápido, mas para onde? E vale a pena?”

O fast food é um símbolo desta sociedade acelerada, com informação científica envolvida. “O comer acelerado piorou a qualidade de vida, porque gera ansiedade. E não estou falando dos alimentos de pouca qualidade, caloria vazia e que traz doenças… Quem consome o fast food são pessoas ansiosas e não se encaixam nos critérios de felicidade traduzidos pelo estudo. Não relaxam, não são tranquilas e, consequentemente, são presas fáceis para a tristeza e a infelicidade”, enfatiza o médico destacando que, hoje, há dados em que o jovem do mundo passa 3 bilhões/horas por semana no videogame. Um garoto dos 8 aos 21 anos, nesse ritmo, já terá jogado 10 mil horas, o que, num treino sério, é o que se gasta para formar um atleta olímpico, diz ele. E tudo só piora, já que Fábio conta que, nos anos 1990, os jovens gastavam 12 segundos para perder o foco em algo. Hoje, estudos com faixa etária entre 16 e 18 anos comprovam que gastam de quatro a seis segundos.

Fonte: Saúde Plena 



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