Companhia conseguiu dominar lucros do setor mesmo após três trimestres de queda nas vendas do iPhone e de sua perda de mercado em relação a 2015
Por Lucas Ribeiro
A Apple é uma das poucas empresas do mundo que ainda conseguem lucrar com a produção de celulares. No terceiro trimestre deste ano, a empresa registrou alta de 103,6% nos lucros operacionais, de acordo com uma análise da consultoria BMO Capital Markets. O resultado positivo ocorreu mesmo com a sequência de três trimestres com vendas em queda do iPhone e em um cenário de redução da fatia de mercado da Apple no mercado de smartphones.
No terceiro trimestre, todos os concorrentes da empresa fundada por Steve Jobs perderam terreno. A Samsung, que está sofrendo com o Galaxy Note 7, modelo que precisou ser tirado de linha por causa de repetidos relatos de explosão espontânea do aparelho, conseguiu uma participação quase insignificante (0,9%) dos lucros da indústria. Entre as companhias que perderam dinheiro com a produção de smartphones no último trimestre estão LG e HTC.
A LG reportou uma perda de 381 milhões de dólares devido ao enfraquecimento do interesse por seu carro-chefe, o G5, que caiu 9% em relação ao ano anterior. A receita da taiwanesa HTC, por sua vez, caiu 44% em relação ao terceiro trimestre de 2015 porque a empresa não tem conseguido acompanhar a forte competitividade do mercado. O iPhone, por sua vez, respondeu por 60% da receita da Apple entre julho a setembro. A receita total foi de 9 bilhões de dólares.
Participação no mercado
No terceiro trimestre, o sistema operacional Android – usado por diversas parceiras mundo afora, como Samsung, Oppo e Huawei entre outras – respondeu por 88% do mercado global, de acordo com a consultoria Strategy Analytics. Enquanto isso, o iOS, da Apple, passou de 13,6% no intervalo entre julho e setembro do ano passado para 12,1% no mesmo período de 2016.
O histórico da Apple tem sido o de não ser líder em unidades de smartphones vendidos, mas invariavelmente a campeã entre as que mais lucram sempre capturou uma pequena porção do mercado e ainda trouxe a grande maioria dos lucros. No terceiro trimestre de 2016, essa característica nunca foi tão evidente.
Fonte Veja.com