Vereador Marcinho da Serraria: “O que queremos é que todos se comprometam a corrigir o que deu errado nas obras da Copasa”

Vereador Marcinho da Serraria: “O que queremos é que todos se comprometam a corrigir o que deu errado nas obras da Copasa”

O vereador Marcinho da Serraria (PTC) é o presidente da Comissão de Serviços Públicos da Câmara Municipal de Teófilo Otoni (foto: SANTHAR/minasreporter.com)

Por David Ribeiro Jr.

O vereador Marcinho da Serraria (PTC), presidente da Comissão de Serviços Públicos da Câmara Municipal de Teófilo Otoni, concedeu entrevista ao minasreporter.com, ocasião em que comentou a repercussão negativa que está havendo na cidade com relação às obras da Copasa — que está substituindo toda a tubulação da área urbana da cidade. O vereador admitiu que essas obras estão trazendo muitos transtornos à comunidade, principalmente com relação ao trânsito, e explicou, também, que a recomposição do piso asfáltico após a realização das obras nas ruas está ruim. De acordo com o vereador, ele e seus colegas da comissão se reuniram com a Copasa, com a Prefeitura e com o representante da PREFISAN, a empresa responsável pelas obras, e exigiu que todo o piso ruim que foi recapeado fosse substituído. Além disso, Marcinho explicou que a Câmara, com o propósito de interagir mais com a população, criou uma ouvidoria especial para que a população possa se manifestar a respeito dessa obra, seja com críticas e/ou sugestões.

Acompanhe a entrevista!

minasreporter.com — Por que a Câmara Municipal resolveu olhar, agora, para o problema dessa obra da Copasa?

MARCINHO da SERRARIA: Na realidade, a Câmara Municipal, e em especial a Comissão de Serviços Públicos, sempre acompanhou de perto a questão dessa obra. Não foi algo que ocorreu apenas agora, não. Para você ter uma ideia, a primeira reunião da nossa comissão com a Copasa, Prefeitura e com a empresa PREFISAN, responsável pela obra, foi no dia 09 de junho, uma sexta-feira, há quase dois meses. Naquele primeiro encontro nós, os vereadores que compomos a comissão: eu, que sou o presidente; o vereador Assis da Prefeitura, nosso relator, e ainda os vereadores Melquisedeque e Mila, discutimos com a empresa alguns problemas que detectamos nessas obras. Nós deixamos bastante claro que a nossa intenção não era polemizar ou emitir críticas vazias. Reconhecíamos, como ainda reconhecemos, a importância da obra, que vai trocar toda a tubulação da área urbana de Teófilo Otoni, e reconhecemos se tratar de um enorme investimento, pois, o custo total da obra é superior a R$ 29 milhões. Contudo, não é porque a obra é importante que não levaríamos em consideração alguns aspectos que precisavam de mais atenção da empresa responsável, principalmente com relação à recomposição do piso asfáltico da cidade, cujo serviço estava muito ruim, e isso a olhos vistos. Até o engenheiro responsável pela obra, o Dr. William, que estava presente à reunião, reconheceu a falha e, naquele momento, se comprometeu conosco a refazer todo o trabalho de recomposição asfáltica já feito e ter mais cuidado nos próximos serviços.

A primeira reunião entre os vereadores da Comissão de Serviços Públicos da Câmara Municipal com a Prefeitura, Copasa e Prefisan ocorreu no dia 09 de junho (foto: Ascom CMTO)

minasreporter.com — Como será o trabalho da Câmara Municipal no sentido de continuar avaliando o trabalho da Copasa e da empresa Prefisan?

MARCINHO da SERRARIA: Por reconhecer que o problema é grave, uma vez que todas as ruas da área urbana receberão essa obra, e, consequentemente, terão que ter o seu piso recomposto, entendemos que precisamos acompanhar mais atentamente o trabalho, e, mais do que isso, entendemos que precisamos que a própria população nos ajude neste sentido. Como a população pode contribuir? Simples. A Câmara Municipal, através da Comissão de Serviços Públicos, mas com o endosso do presidente da Casa, vereador Fábio Lemes, e de todos os demais vereadores, está disponibilizando um número de telefone para que a população ligue para comentar como está a obra em sua rua e também nas ruas do entorno da sua casa. Disponibilizamos, também, um e-mail que existe apenas para receber as informações da população. O telefone da ouvidoria da Câmara Municipal para acompanhar o andamento das obras da Copasa é (33) 3536-4000. O e-mail é ouvidoriaobras@teofilootoni.mg.gov.br. A equipe dessa ouvidoria está à disposição da população para interagir e discutir tudo o que estiver acontecendo. Todas as reclamações que chegarem à nossa ouvidora, seja através do telefone ou do e-mail, serão repassadas para a Comissão, e imediatamente discutiremos essas reclamações com a empresa Prefisan e a Copasa. Esse é o nosso primeiro passo para interagir mais com a população neste sentido.

O telefone da ouvidoria da Câmara Municipal para acompanhar o andamento das obras da Copasa é (33) 3536-4000. O e-mail é ouvidoriaobras@teofilootoni.mg.gov.br

minasreporter.com — Para que o trabalho dessa ouvidoria seja efetivo, é preciso que haja comprometimento da parte de vocês, vereadores, mas também da Prefeitura, da Copasa e, em última análise, da empresa PREFISAN, que é quem executa a obra. O senhor acredita nesse comprometimento mútuo?

MARCINHO da SERRARIA: Acredito, sim. Na reunião que tivemos na última quinta-feira (27/07) discutimos exatamente isso: nós queremos que todos os agentes envolvidos nesse processo se comprometam com a sua parte para resolver, de fato, o problema. Com a Prefeitura já dialogamos bem, até porque a Prefeitura é nossa parceira nessa ouvidoria. Um dos pontos que levantamos na última reunião é que a maior parte do serviço feito pela empresa de recomposição em algumas ruas ficou tão ruim que é muito melhor retirar o asfalto e aplicar um novo do que tentar fazer remendos. Eu nem estou aqui emitindo juízo de valor sobre o trabalho da construtora. Eu sei que a chuva atrapalhou bastante a recomposição; o asfalto que estava sendo usado não era muito bom… enfim! Não adianta discutir o que deu errado. O que queremos é que todos se comprometam a corrigir o que deu errado nas obras da Copasa e passar a fazer agora as coisas de forma certa. Neste momento, todos os órgãos envolvidos se comprometeram, sim, mas se algum desses órgãos falhar, a própria população vai cobrar. Afinal, é pra isso que existe a ouvidoria.

minasreporter.com — O período chuvoso é realmente ruim para fazer esse serviço?

Depois que a Comissão de Serviços Públicos da Câmara Municipal interviu nas obras da Copasa, a empreiteira Prefisan removeu parte do recapeamento asfáltico que havia ficado ruim na Rua Marcelo Guedes para substituir por outro de melhor qualidade (foto: Divulgação)

MARCINHO da SERRARIA: É, sim. Muito ruim. A chuva não é uma amiga do asfalto. Para se ter uma ideia, parte da Avenida Getúlio Vargas ficou quase quarenta dias para recompor o asfalto danificado por causa da chuva. Não dá para recompor asfalto durante chuva. A empresa trazia o asfalto, mas a chuva constante não deixava aplicá-lo. A PREFISAN perdeu, com isso, mais de três caminhões de asfalto. Por causa deste problema, a empresa passou até a acompanhar os boletins meteorológicos para escolher o melhor momento para a recomposição. A questão da água é tão complicada para o asfalto que até mesmo aqueles filetes de água do ar condicionado de algumas empresas prejudicaram a recomposição de algumas vias aqui no Centro. Sendo assim, precisamos do apoio da população para que todos contribuam um pouco. E, para facilitar para a população, nós cobramos da Copasa e da Prefisam que, ao efetuar o serviço em algumas ruas, que, se comunique não apenas aos moradores daquela rua, mas de todo o entorno; que se comunique os moradores dos quarteirões em volta daquela rua, porque, de fato, a obra gera transtornos, interrompe o fluxo de trânsito… mas, se a população já estiver sido avisada, fica mais fácil.

minasreporter.com — Quando começam os trabalhos da Ouvidoria?

MARCINHO da SERRARIA: Já começaram. A população já pode ligar no número (33) 3536-4000. Ou, se preferir, enviar uma mensagem através do e-mail ouvidoriaobras@teofilootoni.mg.gov.br.

Foi na reunião do dia 27 de julho que foi decidida a criação da Ouvidoria (foto: Ascom CMTO)



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