STF cassa decisão da Justiça de MG que determina adesão ao Minas Consciente, plano de flexibilização do estado

STF cassa decisão da Justiça de MG que determina adesão ao Minas Consciente, plano de flexibilização do estado

De acordo com o ministro Alexandre de Moraes, a liminar é inconstitucional. A decisão do TJMG foi determinada após aceleração no aumento do número de casos de Covid-19 em Minas Gerais

O ministro do STF Alexandre de Moraes — Foto: Rosinei Coutinho/SCO/STF

O ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, cassou nesta terça-feira (22) a decisão do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG) que determinava a adesão das cidades ao plano “Minas Consciente”, programa do governo do estado que dá diretrizes para flexibilização em meio à pandemia do novo coronavírus. Caso contrário, os municípios deveriam permitir apenas o funcionamento de serviços essenciais.

A decisão do STF atende a um pedido da Prefeitura de Coronel Fabriciano, na Região Leste de Minas Gerais. O ministro Alexandre de Moraes considerou a medida inconstitucional.

O programa Minas Consciente define protocolos sanitários que devem ser seguidos pelas prefeituras do Estado, para que possam fazer a reabertura dos estabelecimentos em meio à pandemia do novo coronavírus.

Nesta terça-feira (22) o governador Romeu Zema disse, por exemplo, que o programa embasaria a volta às aulas em Minas Gerais, ainda neste ano.

Em julho, o TJMG havia determinado, a pedido do Ministério Público, que quem não aderiu ao plano deveria respeitar a Deliberação nº 17, do Comitê Extraordinário Covid-19, criado pelo governo estadual, que “dispõe sobre medidas emergenciais de restrição e acessibilidade a determinados serviços e bens públicos e privados cotidianos, enquanto durar o estado de calamidade pública em decorrência da pandemia”

Apenas oito municípios mineiros continuam sem nenhum caso registrado de Covid-19 até esta quarta-feira (23). Ao todo, 845 das 853 cidades do estado (99%) já tiveram pacientes diagnosticados com a doença. E, em mais de 65% das cidades – 582 – os infectados acabaram morrendo.

O G1 procurou o governo do estado que ainda não se manifestou sobre a decisão do STF.

(Fonte: G1 Vales de Minas)



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