Nívia Lauar escreve: “A maledicência X A inveja”

Nívia Lauar escreve: “A maledicência X A inveja”

Nívia Lauar é presidente da ONG Sociedade Ativa Valorizando Vidas, e do Conselho de Mulheres Cristãs de Teófilo Otoni (CMC-TO)

Por Nívia Lauar

Infelizmente, o mundo não é cor de rosa e precisamos ter a consciência de que nem todos falam apenas a verdade sobre os outros sem distorcer os fatos ao seu bel-prazer…

A diversidade do caráter humano nos obriga a sermos mais analíticos e desconfiados diante de todo tipo de colocação, principalmente quando a maledicência está envolvida…

A inveja corrói. Destrói. Prejudica. Estraga. Machuca. Mata. Começa com um ressentimento contra as conquistas alheias e termina na agressão pessoal direta. Esse é o ponto de partida para as maledicências, popularmente chamado fofoca. Vemos isso tão presente em nossa sociedade, e, mais notório ainda em um cenário político onde todos querem levar vantagem às custas dos feitos dos outros.

Toda pessoa bem-sucedida tem de lidar com o problema da inveja de outros e estar ciente de que incitará a inveja de terceiros. Aí você terá de saber lidar com as punhaladas nas costas, com as tentativas furtivas e mesquinhas de lhe prejudicar e com todas as fofocas, tramoias e conspirações que os invejosos farão para tentar impedir que você continue progredindo. É um fato triste, mas esta é a realidade que toda e qualquer pessoa bem-sucedida terá de enfrentar.

O mais interessante, no meu ponto de vista, é que esse tipo de pessoa, na maioria das vezes, são aqueles mais próximos de nós. São aquelas pessoas que se sentam à mesa conosco e participam de uma forma direta das nossas vidas. Como também existem aquelas que, de longe, conspiram contra nós desejando que tudo nos vá mal.

Existem pessoas que criam sua própria realidade e, por mais que tentemos lhes explicar que aquilo não existe, ou que está errado, não adianta; continuam cegos para qualquer argumento e até mesmo para provas de que estão equivocados.

O melhor a fazer seria evitar se relacionar com quem tem essa conduta que tende para a difamação ou para fantasiar e mentir demais, mas nem sempre estamos livres destse tipo de pessoa e, muitas vezes, nos vemos envolvidos em suas artimanhas.

Quando isso acontecer, não se deixe levar de imediato; questione, pergunte, descubra a verdade para não ser injusto ou tomar uma decisão errada.

O maledicente encontra-se em atraso moral e emocional, não se dá conta de que este prazer de massacrar a reputação alheia é algo ilusório, mesquinho e ainda mais danoso para ele mesmo, pois, em sua grande maioria, essas pessoas vivem infelizes com sua própria realidade.

Tem gente que espalha fofocas maldosas para aumentar seu próprio status social à custa dos outros. As pessoas gostam muito de fofocar porque ela, a fofoca, é um mecanismo de passar adiante informações pessoais dos outros. Sua intenção é conquistar o ouvinte para despertar admiração. Psicologicamente, acontece quando o indivíduo não olha para si mesmo, quando não compreende que todos estão aprendendo e tentando ser felizes. Quanto mais uma pessoa deprecia a vida da outra, menos ela se sente de bem com suas próprias limitações e, por isso, precisa reforçar as limitações e os equívocos do outro.

Tirar nossas próprias conclusões sem saber, de fato, o que aconteceu, e sair por aí espalhando incertezas, é uma atitude insensata e perigosa…

O ideal, porém, é que só se fale sobre algo ou alguém quando for realmente conveniente e este outro estiver ciente de que a informação poderá ser transmitida. Caso contrário, o melhor é respeitar a privacidade alheia, sempre.

Como já dizia o velho e sábio Rei Salomão: “Quem vive contando casos não guarda segredo; por isso, evite quem fala demais.” Provérbios 20:19.

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NOTA: artigos publicados com assinatura não traduzem, necessariamente, a opinião dos editores do minasreporter.com. Sua publicação visa demonstrar pleno respeito à liberdade de expressão e tem o propósito de incentivar o debate dos problemas humanos e evidenciar a diversidade de opiniões no mundo contemporâneo.



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