Estimativa para a inflação neste ano volta a subir, a 7%, diz BC

Estimativa para a inflação neste ano volta a subir, a 7%, diz BC

Projeção anterior do mercado era de 6,94%, segundo o boletim Focus. Para 2017, expectativa caiu 0,1 ponto porcentual, para 5,62%.

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Após oito semanas de queda, economistas do mercado financeiro voltaram a aumentar a estimativa de inflação para este ano, que subiu de 6,94% para 7%, segundo o boletim Focus, do Banco Central (BC), divulgado nesta segunda-feira. Com esta elevação, a previsão do mercado para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) deste ano ainda permanece acima do teto de 6,5% do sistema de metas e bem distante do objetivo central de 4,5% para 2016.

Em abril, o IPCA acelerou a 0,61%, mas em 12 meses a alta caiu a 9,28%, frente a 9,39% em março.

Para 2017 a expectativa de inflação agora é de 5,62%, 0,1 ponto percentual a menos do que na pesquisa anterior, dentro da meta para o ano que vem, de 4,5%, com tolerância de 1,5 ponto.

Na semana passada, o BC reduziu sua projeção para a inflação tanto para 2016 como para 2017, mas reiterou não haver espaço para diminuição dos juros básicos diante de fatores como o nível elevado da inflação em 12 meses.

Para a economia este ano, após quinze semanas de piora, os economistas consultados melhoraram a projeção, ainda que levemente, para uma contração Produto Interno Bruto (PIB) de 3,86%, ante queda de 3,89% na pesquisa anterior. Em relação a 2017, a expectativa de crescimento melhorou em 0,10 ponto percentual, a 0,50%.

A expectativa para a Selic é de que encerre 2016 a 13% contra 13,25% na semana anterior. Para o fim de 2017 permanece a projeção de 11,75%. O BC manteve a Selic em 14,25% ao ano na última reunião em uma decisão unânime pela primeira vez depois de três votações rachadas, o que indica que está pavimentando o caminho para afrouxar a política monetária só mais à frente.

A projeção para a taxa de câmbio no fim de 2016 caiu de 3,72 para 3,70 reais. Para o fechamento de 2017, a estimativa dos economistas para o dólar recuou de 3,91 para 3,90 reais.

(VEJA/Reuters)

 



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