Comissão do Senado vai ouvir chanceler sobre plano de fuga de Lula

Comissão do Senado vai ouvir chanceler sobre plano de fuga de Lula

Conforme revelado na edição de VEJA desta semana, ex-presidente pretendia pedir asilo à Itália para escapar da Operação Lava Jato

O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, terá que dar explicações sobre (VEJA.com/AFP)
O ministro de Relações Exteriores, Mauro Vieira, terá que dar explicações ao Senado sobre o anunciado plano de Lula, de sair do país e pedir asilo político à Itália (VEJA.com/AFP)

Por: Laryssa Borges, de Brasília
VEJA.com

A Comissão de Relações Exteriores do Senado vai pedir explicações ao chanceler Mauro Vieira sobre o plano secreto de fuga do ex-presidente Lula, revelado pela Revista VEJA. Reportagem desta semana de VEJA detalha o plano sigiloso do petista para pedir asilo à Itália como suposto perseguido político e, na prática, escapar de uma provável punição a ser imposta a ele na Operação Lava Jato. O ministro de Relações Exteriores vai prestar esclarecimentos aos senadores às 10 horas do dia 14 de abril.

Nesta quinta-feira, a senadora Ana Amélia Lemos (PP-RS) apresentou requerimento para que o ministro Mauro Vieira prestasse informações sobre o plano de fuga de Lula. Para a senadora, como o Brasil tem estruturas democráticas sólidas, não se justificaria dar guarida ao ex-presidente.

Lula é investigado na Operação Lava Jato por ter recebido favores de empreiteiras que atuaram no petrolão e escondido patrimônio recebido dessas construtoras. Segundo reportagem de VEJA, para se livrar de ter de expiar a culpa atrás das grades, o petista pretendia pedir asilo a uma embaixada, de preferência a da Itália, e se apresentar como um perseguido político. Em troca da anistia, VEJA revelou que Lula aceitaria ficar dez anos fora do Brasil.

Também no dia 14 de abril, o ministro Mauro Vieira terá de dar explicações à CRE sobre circulares telegráficas do Itamaraty alertando embaixadas brasileiras sobre o risco de um “golpe” contra a presidente Dilma Rousseff. O autor dos telegramas, conforme informou o jornal O Globo, é o ministro Milton Rondó Filho, que chefia uma seção de combate à fome no Ministério. Depois do episódio, Rondó foi advertido e perdeu o direito de emitir quaisquer comunicações para as representações brasileiras no exterior.



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