Sem acordo, servidores da Cemig mantém greve por tempo indeterminado

Sem acordo, servidores da Cemig mantém greve por tempo indeterminado

A greve ocorre após recusa de proposta de reajuste superior a 11% sobre salários e benefícios pagos aos empregados da empresa mineira

Uma reunião entre o Sindicato dos Trabalhadores da Indústria Energética em Minas Gerais (Sindieletro) e a Companhia Energética do Estado de Minas Gerais (Cemig), na noite desta segunda-feira (29), em Belo Horizonte, para negociar o fim da paralisação da categoria, terminou sem acordo entre as partes.

A greve, convocada pelo sindicato, ocorre após recusa de proposta de reajuste superior a 11% sobre salários e benefícios pagos aos empregados da empresa mineira.Na tarde desta segunda, as entidades que representam os trabalhadores fizeram um ato em frente ao edifício da Cemig, no Anel Rodoviário.

Nesta terça-feira mais uma ação em frente ao prédio está prevista para 10 horas da manhã. Movimentos sindicais que estão apoiando a greve dos trabalhadores ocupam, neste momento, o prédio da Cemig. A empresa afirmou que não vai avançar a negociação enquanto essa ocupação não for finalizada. 

O coordenador geral do Sindieletro, o Emerson Andrada, conta que o reajuste do salário com a reposição da infração é a principal reivindicação dos trabalhadores. “A nossa pauta de reivindicações que foi entregue pra empresa no dia 15 de setembro, ela possui itens muito relevantes para categoria, entre eles o reajuste do salário com reposição da inflação e o ganho real que compensa os ganhos de produtividade que a empresa teve nos últimos anos, mas também tem pontos importantes como a garantia da segurança sanitária dos trabalhadores frente a pandemia, o tratamento isonômico para trabalha investigados tal qual tem sido tratado o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi, que sendo investigado pela CPI consegue se manter no cargo durante o processo de investigação. Se quando um trabalhador é investigado ele normalmente é afastado do cargo até que o processo de investigação termine. Então nós temos essas reivindicações, temos também reivindicações numa pauta de 34 itens. Desta pauta a Cemig não negociou absolutamente nada. Pelo contrário, a Cemig apresentou-nos uma contra pauta e nesse documento a Cemig retira de nós uma série de direitos, uma série de conquistas construídas ao longo dos quase 70 anos de existência da Cemig e da categoria eletricitária”, contou. 

Andrada garante que apesar da greve, os servidores vão atender ocorrências de urgência. “O Sindieletro tem responsabilidade com a sociedade de garantir a continuidade e a qualidade do fornecimento de energia elétrica para a população mineira, de modo que as urgências e emergências permaneceram atendidas, mas os serviços de rotina eles serão interrompidos e o seu atendimento passa a ser obrigação exclusiva da empresa e o Sindieletro não se responsabiliza que extrapolem a questão da segurança e da urgência e emergência”, afirmou.

O coordenador do Sindieletro disse ainda que a greve é por tempo indeterminado e deve durar até que a Cemig atenda as reivindicações dos funcionários. “Nossa greve é por tempo indeterminado até que a empresa resolva retirar da mesa de negociação as propostas que avançam e que destroem um acordo coletivo de trabalho da categoria e se proponha de fato a negociar a pauta da categoria que já foi entregue há mais de dois meses e que até hoje a empresa não se debruçou sobre ela”, cobrou. 

Em nota, a Cemig informa que o Sindieletro recusou propostas pela empresa e garante que as negociações vão continuar. A empresa esclarece ainda que a adesão à paralisação é mínima sem qualquer prejuízo operacional e a proposta da Cemig foi aceita por treze dos 16 sindicatos que representam empregados da empresa.

(Com informações de Edson Costa – Rádio Itatiaia)



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