Justiça manda soltar Fúvio Serafim, marido de médica morta em quarto de hotel em Colatina

Justiça manda soltar Fúvio Serafim, marido de médica morta em quarto de hotel em Colatina

Ex-prefeito Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos, é suspeito de matar a médica Juliana Pimenta Ruas El Aouar, de 39 anos, em um quarto de hotel. Ele teve a prisão preventiva revogada e recebeu alvará de soltura.

Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos, foi prefeito de Catuji, em Minas Gerais, e está preso suspeito de matar a esposa médica Juliana Pimenta Ruas El Aouar, de 39 anos. — Foto: Reprodução/Redes Sociais

O ex-prefeito Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos, suspeito de matar a médica Juliana Pimenta Ruas El Aouar, de 39 anos, em um quarto de hotel, em Colatina, no Noroeste do Espírito Santo, no dia 2 de setembro deste ano, teve a prisão preventiva revogada e recebeu alvará de soltura na tarde desta sexta-feira (1º).

A decisão saiu durante audiência de instrução realizada na 1ª Vara Criminal de Colatina na manhã desta quinta-feira. A juíza Silvia Fonseca Silva entendeu que “não persistem os motivos que ensejaram a manutenção” da prisão de Fuvio.

O ex-prefeito da cidade de Catuji, em Minas Gerais, havia sido denunciado pelo Ministério Público do Espírito Santo (MPES) pela prática das condutas de feminicídio qualificado pela asfixia, fraude processual majorada e consumo partilhado de drogas.

A denúncia foi ajuizada pelo MPES e aceita pela Justiça Estadual no dia 18 de outubro. A juíza entendeu ainda que “ao menos por ora, não se fazem presentes os requisitos ensejadores da decretação de prisão preventiva do réu, podendo esta ser substituída por medidas cautelares sem prejuízo ao andamento processual”, decretou em documento.

No entanto, a magistrada frisou que devido às circunstâncias do fato, Fuvio não deve mudar de residência, sem prévia permissão do Juízo, ou se ausentar por mais de oito dias de sua residência, sem comunicar o lugar onde será encontrado.

O que diz a defesa do ex-prefeito

Em nota, a defesa declarou que conforme demonstrado nos autos, “na realidade dos fatos referentes ao fatídico que infelizmente levou a óbito a dra. Juliana, a prova colhida nestes exaustivos dias de instrução demonstrou, no entendimento da defesa, que o sr. Fúvio não contribuiu, de qualquer maneira, com o óbito. Que então, diante da ausência de elementos capazes de manter a prisão, requeremos a aplicação de medidas cautelares diversas da prisão conforme Art. 319 do Código de Processo Penal”.

Relembre o caso

O ex-prefeito da cidade de Catuji, em Minas Gerais, Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos, foi preso no dia 2 de setembro, suspeito de matar a esposa médica Juliana Pimenta Ruas El Aouar, de 39 anos, em um quarto de hotel em Colatina. O motorista do casal, Robson Gonçalves dos Santos, de 52 anos, também foi preso em flagrante suspeito de participar do crime, mas teve a prisão revogada e recebeu o alvará de soltura no dia 18 de outubro.

Quem era a médica

A médica Juliana Pimenta Ruas El Aouar, de 39 anos, atuava na área de psiquiatria em Teófilo Otoni, no Vale do Mucuri, em Minas Gerais. Ela era casada há cinco anos com Fuvio Luziano Serafim, de 44 anos. O pai da vítima, Samir El-Aouar é ex-prefeito e ex-vereador de Teófilo Otoni, onde atua como médico cirurgião. Ele disse que a filha foi torturada até a morte.

Juliana morava com o marido em Teófilo Otoni, mas eles estavam hospedados em um hotel no bairro São Vicente, em Colatina. De acordo com o pai da médica, Juliana era muito querida pelos familiares e amigos. “Uma filha maravilhosa, um amor de pessoa”, comentou o médico Samir.

Segundo ele, a filha estava vivendo um relacionamento conturbado havia algum tempo. “Ele [Fuvio] já vinha batendo nela algumas vezes, dizendo que ela tinha caído dentro de casa, todo dia um olho roxo, uma cicatriz de sete centímetros na região frontal. Tudo isso já vinha acontecendo e ela querendo sair do casamento, e ele ameaçando para ela não sair. Ele não aceitava a separação”, disse Samir.

(Fonte: G1 ES)



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