Vereador e chefe de gabinete são presos em desdobramento de operação do Gaeco

Vereador e chefe de gabinete são presos em desdobramento de operação do Gaeco

Osimar Barbosa (PSC) é o sexto vereador a ser detido na operação Dolos, que investiga esquema de manipulação de salários de servidores

O vereador Osimar Barbosa (PSC), conhecido como Masinho, e o seu chefe de gabinete foram presos na tarde desta segunda-feira (8) em Ipatinga, no Vale do Aço. A prisão é mais um desdobramento da operação Dolos, do Gaeco, que investiga esquema de manipulação de salários de servidores.

Osimar é o sexto vereador preso pelas autoridades desde o início da operação, em fevereiro. Ele foi detido em cumprimento de mandado de prisão, durante uma reunião da mesa diretora da Câmara. Segundo as primeiras informações, os investigadores realizaram diligências no gabinete do vereador; o Gaeco não detalhou se alguma prova foi apreendida na sala de Osimar e como era a ação dele no esquema. Os dois presos foram encaminhados ao Ministério Público para depor e devem ser levados ao presídio.

Até a publicação desta matéria, o G1 não conseguiu falar com a defesa de Osimar Barbosa e do chefe de gabinete.

Por meio de nota, a Câmara de Ipatinga afirmou que segue comprometida com a busca da verdade. “Desde início das investigações, tem colaborado com as autoridades no sentido de garantir total transparência e isenção da instituição perante os fatos”.

Entenda o caso

A operação Dolos é uma ação conjunta entre Ministério Público, Polícias Civil e Militar, através do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Segundo as investigações, vereadores de Ipatinga contratavam assessores e exigiam deles parte do salário de volta.

De acordo com o MP, o esquema para arrecadar a verba acontecia de mais de uma maneira. A primeira delas no recebimento e entrega de valores em espécie ao representante do Legislativo por parte do funcionário contratado. A segunda modalidade era a retenção do cartão bancário, com o repasse de pequeno valor ao funcionário e manipulação na folha de ponto; muitos destes funcionários, segundo o Gaeco, eram “fantasmas”. A terceira, o vereador determinava a realização de empréstimos bancários por parte de servidores com o saque e transferência para contas de interpostas pessoas que eram usadas como laranjas visando maquiar o real destino dos valores.

De acordo com o Ministério Público, além do enriquecimento ilícito, o dinheiro exigido dos assessores servia para fortalecimento dos vereadores em bairros, visando as eleições municipais. Ao todo, 12 pessoas foram denunciadas na operação, entre vereadores, assessores, contadores, corretores de imóveis e comerciantes.

São investigados no esquema, segundo o Gaeco, os ex-vereadores Paulo Reis (PROS), Rogério Antônio Bento (sem partido) e José Geraldo de Andrade (Avante), que perderam mandato ou renunciaram ao cargo na Câmara, além dos vereadores Luiz Márcio Rocha (PTC) e Wanderson Gandra (PSC). Comissões processantes foram instauradas na Câmara Municipal para avaliar as condições dos vereadores investigados.

(Fonte: G1 Vales de Minas Gerais)



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