Servidores da Educação voltam a entrar em greve no Leste de Minas

Servidores da Educação voltam a entrar em greve no Leste de Minas

Movimento reivindica aprovação da PEC 49 e o pagamento dos salários dos servidores; sindicato aponta impacto nas escolas da região.

 

Profissionais da educação como professores, servidores das secretarias e cantinas das escolas estaduais entraram em greve novamente nessa segunda-feira (9) no Leste de Minas. A categoria reivindica a aprovação da PEC 49, que institui piso salarial da classe, projeto que começa a tramitar nesta terça-feira (10) na Assembleia Legislativa mineira. Eles também estão mobilizados pelo pagamento dos salários de todos servidores da educação.

“Nós já havíamos feito uma greve em março, que durou 40 dias, quando reivindicamos que o governo estadual cumprisse acordos negociados em 2015, de reajustes não cumpridos. Como a PEC foi proposta, suspendemos a greve e permanecemos mobilizados. Em junho, além de parcelar o salário, o pagamento atrasou e o governo pagou apenas os profissionais ativos, excluindo os aposentados, por isso fizemos greve novamente até que o pagamento de todos fosse feito. E agora estamos em greve novamente, tanto em mobilização pela aprovação da PEC que será votada nesta semana, como também pelo pagamento dos salários de toda a categoria, o que ainda não aconteceu”, explica a diretora do Sind-UTE de Governador Valadares, Nilma Nunes.

De acordo com o sindicato, ainda está sendo feito levantamento na cidade para identificar o número de profissionais em greve, bem como o número de escolas impactadas. Em dados preliminares, a entidade estima que cerca de 60 a 80% da categoria aderiu à greve.

Já no Vale do Aço, a sede regional do sindicato em Ipatinga não divulgou números da greve atual, mas informou que no movimento grevista de junho cerca de 70% das escolas da região foram impactadas parcial ou completamente.

“Estamos fazendo o levantamento ainda, mas sabemos que temos uma adesão parcial relativamente boa. Nesta semana teremos caravanas para Belo Horizonte para pressionar pela aprovação da PEC 49. Apenas depois da votação desse projeto é que deve ocorrer nova assembleia estadual para decidir os rumos da greve. Como a votação não é feita em um dia, deve continuar até sexta-feira, então a assembleia da categoria não será nesta semana”, explica o coordenador geral do Sind-UTE em Ipatinga, Jodson Sander.

Em nota divulgada nesta terça-feira (10), a Secretaria de Educação informou que foi notificada sobre a paralisação dos profissionais de educação. “A SEE informa que o Governo de Minas Gerais está aberto ao diálogo e à negociações com os representantes dos trabalhadores a fim de garantir o ano letivo dos estudantes da rede”, diz a nota.

No balanço dessa segunda, segundo a SEE, 121 escolas informaram que paralisaram totalmente as suas atividades, de um total de 3.461 unidades escolares do Estado.

(Fonte: G1 Vales de Minas Gerais)



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