Quais as forças que veremos disputando o poder no ano que vem?

Quais as forças que veremos disputando o poder no ano que vem?

Depois das férias escolares de julho acaba a trégua política que houve na cidade nestes primeiros meses do ano. Terminadas as férias, todas as atenções se voltam para uma mesma causa — se é que pode ser chamada de causa: as eleições do ano que vem.

Quais as forças que vão se enfrentar com vistas à tomado do poder? Quem vai ser o candidato de um lado ou de outro? Haverá, a exemplo das últimas três campanhas, uma candidatura que se autoinvista da condição de terceira via? Será uma campanha plebiscitária, com apenas duas forças se digladiando? Ou teremos outras candidaturas realmente fortes no páreo?

Na verdade, enquanto homem público, penso que já está na hora de pararmos com esses arroubos de poder. A cidade já não aguenta mais ver grupos políticos brigando para assumir a Prefeitura única e exclusivamente para dizer que a tem. Todos os dias acompanhamos relatos de cidades às vezes até menores do que Teófilo Otoni crescendo e se desenvolvendo… mas a nossa parece ter estacionado no tempo. Temos sérios problemas estruturais na saúde, no saneamento, falta de infraestrutura, e tantos outros. Mesmo assim, alguns dos nossos homens e mulheres públicas estão preocupados única e exclusivamente com as eleições — como se apenas isso importasse.

Nós somos uma cidade onde ainda há dezenas, talvez centenas de famílias que vivem abaixo da linha da pobreza. Embora o agronegócio seja o que está salvando a balança comercial no Brasil, em Teófilo Otoni o nosso homem do campo sofre com a carência de investimentos básicos. É inadmissível que ainda hoje tenhamos comunidades que, em tese, são assistidas pela COPANOR, por exemplo, mas que, na prática, não usufruem de água tratada para ser consumida pelas famílias do lugar.

É hora de todos nós que nos consideramos pessoas de bem exigirmos dos nossos representantes uma coisa chamada “programa de governo” bem como comprometimento com a palavra empenhada. O que está acontecendo atualmente em nível nacional, quando a presidenta, na condição de candidata, prometeu uma coisa, e agora faz outra, é algo comum na vida dos municípios pequenos, principalmente em nossa região. Mas não podemos aceitar que as coisas continuem assim. É hora de exigir mudanças, e mudanças sérias… mudanças pra valer.

É hora de a população se fazer ouvir e também se levar a sério. Nós fomos para as ruas reclamar, protestar e criticar contra a incompetência e contra a corrupção. Então, o cidadão comum, por mais pobre que seja, não pode se permitir nas eleições do ano que vem, vender o seu voto por um favor qualquer.

E penso, também, que os formadores de opinião, em todos os lugares e instâncias, precisam ser mais responsáveis. Cabe aos líderes comunitários, líderes classistas e todas as pessoas que exercem influência, principalmente os pais de família, pensarem se vão deixar continuar a atual situação em que nos encontramos, ou se vamos dar o primeiro passo para construirmos uma cidade melhor para todos nós.

Só é preciso começar. A mais longa jornada começa com um único e primeiro passo. Vamos caminhar rumo ao futuro!

Por Jorge Medina

Jorge Medina é médico, ex-vereador, ex-presidente da Câmara Municipal e presidente do PSB de Teófilo Otoni

E-mail: minasreporter@hotmail.com



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