A Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) prendeu preventivamente dois homens investigados por envolvimento em atentados contra um vereador de Novo Cruzeiro, no Vale do Jequitinhonha. Segundo as apurações, um dos detidos, de 62 anos, teria ordenado a morte do parlamentar para assumir a vaga como suplente. O outro suspeito, de 31 anos, é apontado como o executor dos ataques.

As prisões foram divulgadas nesta terça-feira (9). Os nomes da vítima e dos investigados não foram informados pela corporação.

Ataques ocorreram em duas datas

De acordo com a PCMG, os atentados ocorreram em 15 de outubro e 11 de novembro de 2025. Durante a operação que resultou nas prisões, os policiais também cumpriram mandado de busca e apreensão. Uma arma de fogo, munições, celulares e outros materiais foram recolhidos e encaminhados para perícia.

Investigação aponta motivação política

A Polícia Civil informou que a motivação política surgiu como principal linha de investigação. Conforme o inquérito, o suspeito apontado como mandante é suplente do vereador e, por isso, teria interesse direto na vacância do cargo. As investigações indicam ainda que o parlamentar era monitorado e seguido, especialmente nos dias de sessões legislativas, quando retornava para casa na zona rural.

“O trabalho demonstrou a existência de um plano estruturado para eliminar um representante eleito e alterar, pela violência, o curso normal da atividade legislativa. A Polícia Civil atuou de forma técnica e célere para impedir que esse objetivo fosse alcançado”, afirmou o delegado Richard Gutemberg Silva.

Detalhes dos atentados

No primeiro ataque, o executor teria efetuado disparos contra o vereador, que conseguiu fugir e se esconder em uma área de mata. No segundo atentado, a residência da vítima foi alvo. O veículo do caseiro foi incendiado e estojos deflagrados foram deixados no local, o que, segundo a polícia, caracterizou tentativa de intimidação à família.

Os dois investigados foram encaminhados ao sistema prisional, onde permanecem à disposição da Justiça.

(Com informações de Michelly Oda – G1 Vales de Minas)