Polícia Civil apreende 60 fuzis no aeroporto do Galeão, no Rio

Polícia Civil apreende 60 fuzis no aeroporto do Galeão, no Rio

Armas AK-47, AR-15 e G3 vieram de Miami e estavam escondidas em aquecedores de piscina. É a maior apreensão de armas no Rio nos últimos dez anos

60 fuzis AK 47, G3 e AR 10, vindos de Miami dentro de contêineres junto com uma carga de aquecedores para piscinas foram apreendidos pela Polícia Civil, no Terminal de Cargas do Aeroporto Internacional do RJ (@PCERJ/Twitter)

A Polícia Civil do Rio de Janeiro fez nesta quinta-feira uma das maiores apreensões de fuzis da história do estado. Sessenta armas de guerra, divididas em três modelos de grosso calibre, foram apreendidas no terminal de cargas do Aeroporto Internacional do Galeão, na Ilha do Governador, região metropolitana do Rio. Os fuzis chegaram ao Rio em um voo vindo de Miami, nos Estados Unidos, e estavam escondidos dentro de contêineres que traziam aquecedores de piscina. A ação foi conduzida por policiais da Delegacia Especializada em Armas, Munições e Explosivos (DESARME) e da Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas (DRFC), com apoio da Polícia Federal.

Os agentes apreenderam 45 fuzis AK-47, 14 fuzis AR-15 e um fuzil G3 e prenderam quatro pessoas na ação no aeroporto. Informação preliminar do Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro indica que a apreensão de fuzis no Galeão é a maior nos últimos dez anos. Segundo a Secretaria de Segurança Pública fluminense, a investigação que levou à apreensão das armas durou um ano e foi baseada em interceptações telefônicas sobre os criminosos.

De acordo com o delegado Marcelo Martins, diretor de delegacias especializadas da Polícia Civil, a apuração começou na Delegacia de Roubos e Furtos de Cargas depois do assassinato de um policial em São Gonçalo, na região metropolitana do Rio. A descoberta da origem da arma utilizada no crime levou à apreensão no aeroporto.

Em coletiva de imprensa nesta quinta-feira na Cidade da Polícia, no bairro do Jacaré, Zona Norte carioca, o secretário de Segurança Pública do Rio de Janeiro, Roberto Sá, disse que a apreensão “salvou muitas vidas”. “Estou tomado pela emoção e pela indignação. Mas tenho que agradecer o trabalho da Polícia Civil. Preciso dizer que estamos em estado de calamidade pública, oficialmente, com uma série de serviços suspensos e falta de RAS [Regime Adicional de Serviço], o que não impediu que nossos policiais dêem resposta à criminalidade. Eles demonstram amor à profissão e compromisso”, declarou.

O secretário afirmou que, nos últimos 150 dias, 250 fuzis foram apreendidos no Rio. “Os últimos 90 sem disparar um tiro”, disse Sá, em referência às 60 armas de guerra apreendidas nesta quinta-feira e aos 32 fuzis apreendidos no início de maio em operação na Cidade Alta, no bairro de Cordovil, Zona Norte.

(VEJA)



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