Uma nova espécie de sucuri-verde foi identificada na Amazônia, intrigando cientistas e ampliando o entendimento sobre as serpentes gigantes. A cobra possui 8 metros de comprimento e mais de 200 kgs, conquistando o título de potencial maior cobra do mundo.
O biólogo holandês Freek Vonk e sua equipe fizeram a descoberta em uma expedição, publicada na revista Diversity. Os pesquisadores estavam explorando a biodiversidade amazônica em 2024 quando localizaram a sucuri em um dos rios da região. Utilizando técnicas avançadas de análise genética, conseguiram diferenciar essa nova espécie da conhecida Eunectes murinus, revelando uma diferença genética significativa de 5,5%.
Evolução e divergência genética
Esta descoberta genética destaca a complexidade evolutiva das sucuris na Amazônia. A análise mostra que a divergência entre as espécies ocorreu há cerca de 5 a 20 milhões de anos. Antes, estudos apontavam a possibilidade de múltiplas espécies, mas foi apenas com estas evidências genéticas recentes que a confirmação se solidificou.
A análise detalhou a evolução distinta das cobras, contribuindo para o entendimento das pressões evolutivas que as sucuris enfrentaram ao longo de milhões de anos na ecologia amazônica.
Desafios de conservação na Amazônia
A revelação desta nova espécie de sucuri destaca questões urgentes sobre conservação. A Eunectes akayima, agora identificada, tem uma distribuição geográfica restrita. Isso a torna particularmente vulnerável aos impactos ambientais, como desmatamento e mudanças climáticas.
Hoje, cerca de 20% da floresta amazônica foi derrubada, colocando em risco inúmeras espécies. Esse achado reforça a importância de políticas de preservação ambiental, já que o habitat das sucuris depende de um ecossistema saudável e estável.
Implicações futuras para a pesquisa
Descobertas como a da sucuri gigante na Amazônia não apenas desafiam as percepções existentes sobre os répteis, mas também abrem novas frentes de pesquisa. Essa nova perspectiva pode fornecer informações sobre hibridizações e adaptações ambientais, ajudando a mapear melhor a distribuição e as interações das espécies.
(Fonte: Milena Brandão – Catraca Livre)