Galo vence no Independência lotado, mas São Paulo se classifica com gol fora de casa

Galo vence no Independência lotado, mas São Paulo se classifica com gol fora de casa

Triunfo por 2 a 1 no ‘caldeirão’ do Horto é insuficiente, e Atlético cai na Libertadores.

alo, de Pratto, fica no quase diante do São Paulo no Independência: gol fora de casa decretou eliminação
alo, de Pratto, fica no quase diante do São Paulo no Independência: gol fora de casa decretou eliminação

A torcida compareceu, transformou o Independência em uma panela de pressão. Mas dessa vez o famoso ‘Eu acredito’ não surtiu efeito. O Atlético parou no São Paulo, mesmo vencendo por 2 a 1, nesta quarta-feira. Cazares e Carlos fizeram 2 a 0 para o Galo, só que o Tricolor descontou com Maicon e usou bem o regulamento. A classificação paulista para as semifinais da Copa Libertadores veio com o gol marcado como visitante, já que venceu o primeiro duelo, no Morumbi, por 1 a 0.

Mais de 21 mil vozes empurrando o Atlético, que até deu a impressão de que conquistaria a classificação com um placar elástico. O time alvinegro começou frenético, fez 2 a 0 em 11 minutos, mas acabou sendo vazado logo em seguida, depois de falha de Victor na saída pelo alto. Mesmo com apoio da torcida até o fim, o Galo não conseguiu fazer o gol que garantiria um lugar entre os quatro melhores da Libertadores. Ficou no quase.

O São Paulo se manteve vivo na busca pelo tetracampeonato da Libertadores, enquanto o Galo teve o sonho do bi adiado. A expectativa do Alvinegro é por boa campanha no Campeonato Brasileiro, além da Copa do Brasil (a partir das oitavas de final) para que o time consiga voltar ao torneio continental no próximo ano. Em meio à decepção, as atenções se voltam para o duelo contra o Atlético-PR, no próximo domingo, às 11h, na Arena da Baixada, pela Série A.

O jogo

Depois de muita festa para receber os jogadores, momentos de euforia e tensão dos atleticanos. Atlético e São Paulo brindaram o público com futebol eletrizante no começo, com três gols em 15min. Os alvinegros comemoraram duas vezes. De volta ao time titular após brilhar entre os reservas na vitória sobre o Santos, pelo Brasileiro, Cazares abriu o placar, aos 6. Marcos Rocha recebeu e chutou forte, Denis deu rebote. O equatoriano chutou no rebote e a bola bateu nas pernas do goleiro, antes de morrer nas redes: 1 a 0.

O Atlético queria mais, e o São Paulo tentava respirar. O time alvinegro levou a torcida ao êxtase novamente, aos 11min. Douglas Santos cruzou da esquerda e Carlos cabeceou sem chances para Denis: 2 a 0. O Independência confirmou a fama de ‘caldeirão’ preto e branco, com os torcedores já pensando em placar elástico. Mas o Tricolor reagiu bem ao seu estilo: bola área. Aos 15, Kelvin cobrou escanteio, a defesa não subiu e Maicon se antecipou a Victor, que saiu mal, para diminuir: 2 a 1.

A partir daí o Independência foi da festa à tensão. O Atlético insistiu na busca do terceiro gol. Pratto cabeceou no pé da trave, e Leonardo Silva sofreu pênalti não marcado. Mas o São Paulo também começou a incomodar e Calleri obrigou Victor a grande defesa, evitando o empate. Em seguida, em pane da defesa alvinegra na bola aérea, Rodrigo Caio testou na trave esquerda. O ritmo caiu e o futebol eletrizante deu lugar às faltas, lembrando o jogo no Morumbi.

Esperança até o fim

O Galo voltou com Carlos Eduardo no lugar de Carlos, na expectativa de ter mais criação no setor ofensivo. E a pressão começou com Patric, que errou o alvo. Em seguida, Cazares entrou driblando e chutou à esquerda, com muito perigo. O São Paulo usou a mesma estratégia do primeiro tempo, povoando o meio-campo para não dar espaço ao adversário. E ainda assustou em alguns contra-ataques. A torcida começou a pedir a entrada de Clayton, o que ocorreu aos 23min.

O mantra do ‘Eu acredito’ ecoou pelo Independência. Era um incentivo a mais para os jogadores. Mas o São Paulo soube ‘cozinhar’ bem o jogo, usando a vantagem do gol fora de casa. O relógio era o grande inimigo dos atleticanos, que demonstravam nervosismo a cada marcação contrária da arbitragem. O drama aumentava, e Victor salvou em chute forte de Weslley. Do outro lado, Clayton, lançado na vaga de Patric (depois ter o nome gritado no estádio), quase levou a torcida ao infarto ao desperdiçar grande chance. A última cartada de Diego Aguirre foi Dátolo, que entrou no lugar de Eduardo. O gol salvador quase saiu com Leonardo Silva, de cabeça, só que Denis conseguiu evitar.

ATLÉTICO 2 X 1 SÃO PAULO

Atlético
Victor; Marcos Rocha, Leonardo Silva, Erazo e Douglas Santos; Leandro Donizete, Eduardo (Dátolo) e Cazares; Patric (Clayton), Carlos (Carlos Eduardo) e Lucas Pratto
Técnico: Diego Aguirre

São Paulo
Denis; Bruno, Maicon, Rodrigo Caio e Mena; Hudson, Thiago Mendes (Weslley), Michel Bastos (Matheus Reis), Ganso e Kelvin; Calleri (Alan Kardec)
Técnico: Edgardo Bauza

Motivo: jogo de volta das quartas de final da Copa Libertadores
Estádio: Independência
Árbitros: Andrés Cunha (URU)
Assistentes: Carlos Pastorino e Horácio Ferreiro (URU)
Público: 21.337
Renda: R$ 2.016.530
GOLS: Cazares, 6, Carlos, 11, Maicon, 15min do primeiro tempo
Cartões amarelos: Eduardo, Leandro Donizete, Leonardo Silva (ATL); Michel Bastos, Maicon, Kelvin (SP)
Cartão vermelho: Leandro Donizete

(Superesportes)



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