Ex-vereador investigado pelo Gaeco e que estava foragido se entrega à Justiça em Ipatinga

Ex-vereador investigado pelo Gaeco e que estava foragido se entrega à Justiça em Ipatinga

Paulo Reis (PROS) é suspeito de participação em esquema de manipulação de salários de assessores da Câmara e estava foragido desde fevereiro; ele renunciou ao cargo no dia 14

O ex-vereador Paulo Reis (PROS) – Foto: Wôlmer Ezequiel – Diário do Aço

O ex-vereador Paulo Reis (PROS) se entregou à Justiça por volta das 14h desta quarta-feira (27), na Delegacia Regional de Ipatinga. O ex-parlamentar é suspeito de participação em um esquema de manipulação de salários de assessores da Câmara e estava foragido desde fevereiro; ele renunciou ao cargo no último dia 14 de março.

Paulo Reis é o segundo foragido que se entrega às autoridades. Antes dele, Rogério Antônio Bento, que também pediu renúncia ao cargo de vereador, se entregou à Justiça, no dia 20 de fevereiro. Reis foi levado à penitenciária Dênio Moreira de Carvalho, em Ipaba. Além dele, estão presos pela operação Dolos os vereadores Luiz Márcio Rocha (PTC) e Wanderson Gandra (PSC), além de Ivan Menezes Teixeira, assessor do gabinete de Paulo Reis. Nessa segunda (25), outro investigado pela operação, o vereador José Geraldo de Andrade (Avante), foi solto após pagar fiança.

Entenda o caso

A operação Dolos é uma ação conjunta entre Ministério Público, Polícias Civil e Militar, através do Grupo de Atuação de Combate ao Crime Organizado (GAECO). Segundo as investigações, vereadores de Ipatinga contratavam assessores e exigiam deles parte do salário de volta. Além de José Geraldo de Andrade, foram presos Wanderson Gandra (PSC), Rogério Antônio Bento e Luiz Márcio Rocha (PTC) e um chefe de gabinete.

De acordo com o MP, o esquema para arrecadar a verba acontecia de mais de uma maneira. A primeira delas no recebimento e entrega de valores em espécie ao representante do Legislativo por parte do funcionário contratado. A segunda modalidade era a retenção do cartão bancário, com o repasse de pequeno valor ao funcionário e manipulação na folha de ponto; muitos destes funcionários, segundo o Gaeco, eram “fantasmas”. A terceira, o vereador determinava a realização de empréstimos bancários por parte de servidores com o saque e transferência para contas de interpostas pessoas que eram usadas como laranjas visando maquiar o real destino dos valores.

De acordo com o Ministério Público, além do enriquecimento ilícito, o dinheiro exigido dos assessores servia para fortalecimento dos vereadores em bairros, visando as eleições municipais. Ao todo, 12 pessoas foram denunciadas na operação, entre vereadores, assessores, contadores, corretores de imóveis e comerciantes.

(Fonte: G1 Vales de Minas Gerais)



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