Ensino técnico amplia as bases para o mercado de trabalho

Ensino técnico amplia as bases para o mercado de trabalho

Educação profissional é estratégica para inserir jovens no mercado de trabalho e tornar o País mais competitivo nesse meio

Por Jalila Arabi e Karenina Moss

Trabalhadores que cursam ensino técnico têm um diferencial significativo de renda em relação aos que não cursam. Segundo números do Senai, a educação profissional é estratégica para inserir os jovens no mercado de trabalho e tornar o País mais competitivo nesse meio.

Os dados também revelam que jovens entre 20 e 29 anos que concluíram o ensino médio profissional e não fizeram faculdade possuíam menores taxas de desemprego e maiores salários do que aqueles que concluíram o ensino regular e não tinham curso superior. O índice de alunos na Áustria que optam por cursos profissionais, por exemplo, é de mais de 75%. No Brasil, esse número fica abaixo de 10%.

A professora de literatura, Margareth de Godói, acredita que o ensino técnico é importante para os jovens. A professora defende uma reforma na educação, para que haja mais oportunidades e liberdade de escolha aos estudantes. “Para o jovem que se decidisse por esse caminho, do ensino técnico e profissional, ele já teria uma inserção imediata [no mercado de trabalho], levando à escolha de uma carreira mais adequada a esse setor da economia no qual ele quisesse se envolver”, acredita ela.

Dados da Secretaria de Educação de Minas Gerais mostram que serão oferecidas quase 40 mil vagas em cursos técnicos ainda nesse semestre. A expectativa para o ano que vem é ampliar esse número para 45 mil. Para o deputado mineiro Ademir Camilo (PODE-MG), o ensino técnico é uma porta de entrada para que jovens e adultos ingressem mais qualificados no mercado. “Acho que isso é um degrau importante que veio preencher uma lacuna para o País, dando oportunidade para que jovens carentes pudessem chegar muito mais rápido ao mercado de trabalho”.

Na região Sudeste, 55% dos jovens entre 13 e 18 anos avaliam o ensino técnico como ótimo ou bom. Uma pesquisa produzida pelo SENAI constatou que, nos próximos quatro anos, será imprescindível para o mercado de trabalho brasileiro a qualificação de 13 milhões de trabalhadores, em setores como Construção (3,8 milhões), Meio Ambiente e Produção (2,4 milhões), Metalmecânica (1,7 milhão), áreas que mais devem ampliar a contratação de novos profissionais.

É o caso de Guilherme Monteiro. Preocupado com as transformações do planeta, o estudante de Relações Internacionais optou por uma formação acadêmica após concluir o curso técnico em Meio Ambiente, do Instituto Federal de Minas Gerais (IFMG). “Sempre me preocupei com as questões ambientais e sei que percorri o caminho certo ao terminar o ensino técnico. Essa bagagem, dos tempos do instituto, foi de grande ajuda para minha função atual, na Agência Nacional de Águas (ANA). Aqui, o trabalho voltado para a preservação de recursos hídricos, traz questões que vão além de qualquer fronteira internacional. Portanto, minha formação foi de grande valia para o meu posicionamento no mercado de trabalho.”



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