Durante entrega da Medalha da Inconfidência, Fernando Pimentel defende a vontade soberana do povo

Durante entrega da Medalha da Inconfidência, Fernando Pimentel defende a vontade soberana do povo

O governador de Minas Gerais afirmou ser necessária a pacificação do País neste momento de crise política

Segundo o governador, neste momento, a voz de Minas Gerais se ergue em defesa do mais valioso princípio democrático: a eleição direta pelo voto popular (foto: Marcelo Sant´Anna/Imprensa MG)
Segundo o governador, neste momento, a voz de Minas Gerais se ergue em defesa do mais valioso princípio democrático: a eleição direta pelo voto popular (foto: Marcelo Sant´Anna/Imprensa MG)

No dia em que Ouro Preto volta a ser a capital de Minas Gerais, o governador Fernando Pimentel ressaltou nesta quinta-feira (21/4), durante a 65ª solenidade de entrega da Medalha da Inconfidência, o sonho da construção de um país livre, soberano, republicano e democrático, idealizado por Joaquim José da Silva Xavier, o Tiradentes. Citando o mártir, o governador afirmou que a entrega da principal honraria do Estado simboliza a todo o Brasil a luta pela liberdade que, “cedo ou tarde, sempre vence”.

“O novo nome da liberdade é a defesa da democracia, dos valores republicanos, do respeito à vontade soberana do povo, expressa pelo voto livre, secreto e universal, expresso pelo voto popular. Neste momento da vida nacional, precisamos olhar para frente e renovar nosso compromisso com a nação e com aqueles que se sacrificaram pela liberdade. O martírio de Tiradentes simboliza, acima de tudo, a luta pela emancipação política do Brasil”, afirmou Pimentel, ao lado do ex-presidente do Uruguai e senador José Pepe Mujica, condecorado com o Grande Colar. Mujica se tornou símbolo da geração que lutou pela emancipação dos povos na América Latina na década de 1960.

Segundo o governador, neste momento, a voz de Minas Gerais se ergue em defesa do mais valioso princípio democrático: a eleição direta pelo voto popular. “A única fonte real de legitimidade na democracia é o voto e a ele é que devemos recorrer quando crises institucionais agudas assolam e ameaçam a tessitura democrática que tanto sangue e tantas lágrimas nos custou para trazer até aqui”, ressaltou.

Como forma de se chegar a um desfecho para a atual crise institucional, Pimentel também defendeu a realização de um “processo de pacificação” no país. Essa, em sua avaliação, é a única forma de garantir a continuidade das conquistas obtidas nos últimos anos pela população.

“Nós superamos outras crises. Soubemos sair das trevas autoritárias da ditadura, conquistar a anistia e depois as eleições diretas. Conseguimos estabilizar a economia e, em seguida, promover crescimento, com distribuição de renda e inclusão social. Reduzimos a desigualdade, garantimos a independência dos Poderes. Mas tudo isso dentro da regra democrática, com alternância política e com total respeito à Constituição. Ninguém tem o direito de interromper essa caminhada e tampouco desviar o seu rumo”, afirmou.

Garantia das conquistas

O povo, acredita o governador, não aceitará perder suas conquistas. “A nação brasileira repudiará quem o tentar fazê-lo e marchará unida. A nós, mineiros, cabe renovar aqui nosso permanente compromisso constitucional e nossa inabalável fé republicana e democrática”, disse Fernando Pimentel.

“Esse legado é de todos os brasileiros e brasileiras. Não é desse ou daquele governo, deste ou daquele partido. Mas recuperar as condições para crescimento econômico e inclusão social só será possível se pacificarmos a arena política atualmente conturbada, a ponto de prejudicar a própria governabilidade do país”, salientou.

Para alcançar a sonhada pacificação, no entanto, Fernando Pimentel enfatizou a importância de se respeitar “o voto popular, o voto livre e direto das eleições democráticas”. “A pacificação não será obtida por meio de artimanhas jurídicas e políticas que buscam iludir a consciência da nossa gente. Não virá também do abusivo uso dos meios de comunicação para propagar meias verdades e teses ilusórias, instigando a intolerância e o ódio. Nada supera o valor absoluto da supremacia do voto popular. É dele e somente dele que advém a legitimidade dos Poderes”, finalizou o governador.

(Agência Minas)



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