
Diversos países da União Europeia oferecem a possibilidade de reconhecimento da cidadania a descendentes de seus nacionais, por meio do princípio jurídico conhecido como jus sanguinis — o direito de sangue. Esse mecanismo permite que indivíduos comprovem sua ligação familiar com cidadãos europeus e, a partir disso, solicitem a nacionalidade, garantindo acesso a direitos como residir, trabalhar e estudar em território europeu.
No Brasil, essa possibilidade desperta interesse em razão da forte presença de sobrenomes ligados a famílias de origem italiana, portuguesa e espanhola. A Itália, por exemplo, é um dos países que mais reconhece a cidadania por descendência, sem impor limite de gerações. Isso significa que mesmo bisnetos ou tataranetos de italianos podem requerer o reconhecimento, desde que apresentem documentação que comprove a linha genealógica.
Portugal e Espanha também figuram entre os países que oferecem oportunidades semelhantes. No caso português, a legislação prevê a concessão da nacionalidade a filhos e netos de cidadãos, além de abrir possibilidade para descendentes mais distantes em situações específicas. Já a Espanha mantém regras próprias, mas igualmente reconhece a cidadania por vínculo familiar.
Entre os sobrenomes mais comuns que podem indicar ascendência europeia estão: Silva, Souza, Oliveira, Pereira, Costa, Santos, Rodrigues, Carvalho, Gomes, Martins, Alves, Araújo, Rocha, Pinto, Teixeira, Fernandes, Moreira, Castro, Melo, Cardoso, Correia, Nunes, Vieira, Monteiro, Freitas, Tavares, Batista, Cunha, Pires, Figueiredo e Barros.
É importante destacar que o sobrenome, por si só, não garante o direito à cidadania. O processo exige a apresentação de documentos oficiais, como certidões de nascimento, casamento e óbito, que comprovem a linha de descendência. Além disso, cada país estabelece requisitos específicos, como prazos, traduções juramentadas e legalizações consulares.
O reconhecimento da cidadania europeia abre portas para benefícios como a livre circulação entre os países da União Europeia, acesso a sistemas de saúde e educação, além da possibilidade de residir e trabalhar legalmente em qualquer nação do bloco.
(Com informações de Magno Oliver – Portal 6)






