
O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, confirmou nesta quinta-feira (18) que pretende deixar o Ministério da Fazenda em fevereiro de 2026, conforme declarado em conversa com jornalistas em Brasília. Segundo o ministro, a decisão antecede o prazo de desincompatibilização previsto na legislação eleitoral e visa permitir uma transição planejada na equipe econômica do governo federal.
Haddad afirmou que sua saída tem relação com o desejo de colaborar com a campanha de reeleição do presidente Luiz Inácio Lula da Silva em 2026, atividade que ele considerou incompatível com o exercício da função de ministro da Fazenda.
Pela lei eleitoral, ministros que pretendem disputar eleições no próximo ano têm até 3 de abril de 2026 para se afastar de seus cargos, mas Haddad disse que pretende antecipar a saída para dar ao sucessor tempo hábil para preparar medidas econômicas típicas do início de cada ano. Entre essas ações estão a elaboração da primeira edição de 2026 do Relatório Bimestral de Receitas e Despesas, que orienta a execução do Orçamento, e a formulação do projeto da Lei de Diretrizes Orçamentárias (LDO) de 2027, com envio ao Congresso até 15 de abril.
O ministro informou que já comunicou ao presidente Lula sua intenção de deixar o cargo, mas não respondeu diretamente se pretende concorrer a cargo eletivo em 2026. Em sua fala, Haddad ressaltou a incompatibilidade entre a atuação em uma campanha eleitoral e a condução da política econômica na Fazenda, justificando a antecipação do desligamento para beneficiar o planejamento e a continuidade das atividades da pasta.
Haddad também mencionou que aguardou a aprovação da Lei de Diretrizes Orçamentárias de 2026 e de um projeto de lei que reduz incentivos fiscais antes de anunciar sua decisão formal, destacando a importância de consistência entre LDO e execução orçamentária como parte de seu mandato.
(Com informações de Wellton Máximo – Repórter da Agência Brasil)





