Bovespa cai mais de 2% e dólar dispara após anulação do impeachment

Bovespa cai mais de 2% e dólar dispara após anulação do impeachment

Mercado reagiu com mau humor à decisão do presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA).

Movimentação da bolsa de valores, na Bovespa região central de São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)
Movimentação da bolsa de valores, na Bovespa região central de São Paulo (Paulo Whitaker/Reuters)

A bolsa acelerou perdas nesta segunda-feira, com o Ibovespa chegando a cair mais de 3%, após notícias de que o presidente interino da Câmara dos Deputados, Waldir Maranhão (PP-MA), anulou o processo de impeachment da presidente Dilma Rousseff. Às 13:35, as perdas do Ibovespa o baixa perderam força, com queda de 2,08%, a 50.642 pontos.

No mercado de câmbio, o dólar chegou a saltar mais de 3%, a 3,62 reais, por volta das 12:20. Mais tarde, às 13h30, no entanto, a alta era de menor, de 1,36%, aos 3,55 reais. “Dólar sobe com a notícia que o presidente interino da câmara, Waldir Maranhão, atende o pedido da AGU e suspende o processo de impeachment”, escreveram operadores a corretora Correparti em nota a clientes.

Mais cedo, o dólar avançava em relação a moedas de outros países emergentes após dados da China mostrarem que a exportações e importações do país caíram mais do que o esperado em abril, ressaltando a demanda fraca internamente e no exterior.

Maranhão suspendeu a sessão de votação do processo de impeachment contra a presidente Dilma na Casa citando “vícios” que a tornaram nula, e convocou nova sessão para votar o pedido de impedimento. O deputado disse ainda que já solicitou ao Senado que devolva o processo à Câmara e que a nova votação será realizada na prazo de cinco sessões após a devolução do processo pelo Senado.

Diante da surpresa, o mercado aguardava os próximos passos. Está marcada para esta quarta-feira a votação pelo Senado do afastamento temporário de Dilma e, caso seja aprovado, ela seria afastada do cargo por até 180 dias e o vice Michel Temer assumiria a Presidência interinamente. Temer já indicou o ex-presidente do BC Henrique Meirelles como seu ministro da Fazenda, o que tem agradado o mercado.

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