Petrobras ‘pede ajuda’ a fornecedores para enfrentar crise

Petrobras ‘pede ajuda’ a fornecedores para enfrentar crise

Cartas foram enviadas às empresas que prestam serviços para a estatal com o objetivo de renegociar contratos, diminuindo os seus custos.

 Em um momento de dificuldades financeiras por causa da queda no preço do petróleo, do alto endividamento e dos desdobramentos da Operação Lava Jato, a Petrobras está convocando seus fornecedores da área de exploração e produção para renegociar contratos, visando reduzir os seus custos, informa reportagem do jornal Folha de S. Paulo publicada nesta sexta-feira.

Assinadas pela diretora de Exploração e Produção, Solange Guedes, as cartas foram enviadas aos escritórios das empresas. Nelas, a estatal pede colaboração das companhias para “superar os desafios que se apresentam no momento”. “A Petrobras vem trabalhando para reduzir suas estruturas de custo e otimizar seus negócios. Sendo assim, faz-se necessária a revisão de contratos de bens e serviços”, diz a introdução do documento.

Segundo a Petrobras, foram constituídas comissões de negociação, que vão chamar as companhias “para buscar soluções que reflitam reduções imediatas nos custos dos contratos”.

Algumas das empresas convocadas já agendaram reuniões e compareceram aos primeiros encontros com representantes da Petrobras. Para o executivo de uma das fornecedoras, que falou sob condição de anonimato, a estatal demorou para tomar a iniciativa, “uma vez que já foi inciada há mais tempo por grandes petroleiras globais”. Outro executivo comentou que o tom da carta é de “pedido de ajuda”.

A área de exploração e produção, que envolve a pesquisa de reservatórios, perfurações e extração de óleo, responde por 45% da receita da companhia. O segmento tem sido impactado sobretudo pela queda no preço do barril de petróleo, que caiu de 110 dólares para 65 dólares em um ano.

Procurada, a Petrobras afirmou, em nota, que “mantém a prática de interlocução com seus fornecedores para aprimoramento permanente das condições da prestação dos serviços, sempre com foco no aumento da competitividade”.

Fonte: VEJA



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