Palmadas estimulam agressividade em crianças, diz estudo

Palmadas estimulam agressividade em crianças, diz estudo

Por Mary Ribeiro 

De acordo com o estudo, crianças que apanham tendem a desafiar seus pais, ter um comportamento antissocial, serem mais agressivas, ter problemas de saúde mental e dificuldades cognitivas no futuro
De acordo com o estudo, crianças que apanham tendem a desafiar seus pais, ter um comportamento antissocial, serem mais agressivas, ter problemas de saúde mental e dificuldades cognitivas no futuro

A criança que apanha (leves palmadas no bumbum ou em outra extremidade) é mais propensa a desafiar seus pais, ter um comportamento antissocial, a ser mais agressivas, ter problemas de saúde mental e dificuldades cognitivas. A conclusão é de um estudo publicado recentemente no periódico científico Journal of Family Psychology.

Pesquisadores da Universidade do Texas em Austin e da Universidade de Michigan, ambas nos Estados Unidos, revisaram estudos desenvolvidos ao longo de 50 anos sobre o assunto, envolvendo mais de 160.000 crianças.

“Descobrimos que a palmada foi associada a resultados negativos não intencionais. Não foi associada com obediência imediata nem de longo prazo”, disse Elizabeth Gershoff, da Universidade do Texas em Austin e principal autora do estudo.

Para Andrew Grogan-Kaylor, da Universidade de Michigan, a mensagem deste estudo é que bater em crianças aumenta, na verdade, a probabilidade de resultados indesejados e tem um efeito oposto ao que os pais desejam com o ato.

Lei da Palmada – A Lei da Palmada entrou em vigor no Brasil em 2014. Na prática, a lei impede a aplicação de castigos cruéis e degradantes contra crianças e adolescentes. Mas o texto abre espaço para impedir até palmadas ou beliscões ditos “educativos”. Cabe ao Conselho Tutelar receber denúncias de suspeita ou confirmação de castigo físico e aplicar multas a profissionais da saúde, professores ou funcionários públicos que não comunicarem às autoridades notícias de maus tratos contra crianças e adolescentes. A proposta foi inspirada em um estudo da Universidade de São Paulo, que concluiu que crianças submetidas a castigos chegavam à vida adulta traumatizadas e agressivas em situações comuns do dia a dia. A proibição total de castigos em crianças já ocorre em países como Israel, Nova Zelândia e Costa Rica.

Fonte: Veja 

 



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