Massacre na boate Pulse faz um ano e vítimas recebem homenagens

Massacre na boate Pulse faz um ano e vítimas recebem homenagens

Esse foi o ataque com maior número de mortos nos EUA desde os atentados de 11 de setembro de 2001.

entenas de pessoas, muitas delas familiares e amigos das 49 vítimas do massacre da boate Pulse, estiveram em plena madrugada nesta segunda-feira (12) na discoteca, em Orlando, na Flórida, para lembrar dos mortos. Esse foi o ataque com maior número de mortos nos EUA desde os atentados de 11 de setembro de 2001.

Na noite do dia 12 de junho de 2016, o americano Omar Mateen, que disse agir em nome do grupo terrorista Estado Islâmico, entrou armado com um fuzil e uma pistola automática na boate, onde era realizada uma festa latina.

Em uma cerimônia privada, parentes das vítimas participaram de uma homenagem na sua memória que terminou às 2h20 (horário local, 3h20 de Brasília), momento em que, há um ano, já tinha iniciado o massacre.

O momento de maior emoção aconteceu quando leram os nomes das 49 vítimas mortais do conhecido clube gay e foi lida a canção “Over the rainbow”, símbolo da comunidade LGBT.

Na parte externa da boate, muitas pessoas se aproximaram para lembrar de amigos mortos e deixaram flores e velas, mas, sobretudo, se apoiaram.

O venezuelano Jhamil Zaid Hinds Díaz disse à Agência Efe que perdeu nove amigos aquela noite, mas que precisou se fortalecer para apoiar as mães das vítimas. “Nos momentos que precisava, eu estava aqui, não pelo pelo que eu perdi, mas pelas pessoas que ainda não superaram [esse massacre] e que necessitam de nós. Que elas sintam que estamos dando força e que elas não estão sozinhas”, disse.

Muitos dos presentes na homenagem foram incapazes de controlar as lágrimas, em uma noite em que se tornou especial, por conta de um mural próximo ao local do massacre, que representa os 49 mortos.

Uma das pessoas que colaborou nesse mural foi o porto-riquenho José Luis Morales, que deixou a marca de sua mão sobre a imagem de um grande amigo seu, Edward Sotomayor, falecido na Pulse. “Isto é um pesadelo de 365 dias e ainda acredito que vou acordar”, disse Morales, à Efe, “é uma perda irreparável e nem todo o ouro do mundo pode atenuar a dor que sinto neste momento”.

O ato durou cerca de 45 minutos. Estão previstas outras duas homenagens ao longo do dia. À tarde, e como parte dos atos no “Dia de Orlando Unida, Dia de Amor e Bondade”, políticos e líderes comunitários presidirão a cerimônia “Orlando é amor: Recordando nossos anjos”, no anfiteatro do Eola Lake Park, onde terá a apresentação da cantora porto-riquenha Olga Tañón.

 Por Agencia EFE – G1



Deixe seu comentário

Os comentários são de responsabilidade exclusiva de seus autores e não representam a opinião deste site. Se achar algo que viole os termos de uso, denuncie.