Uma nova regulamentação sobre o uso de faróis auxiliares — farol de milha e farol de neblina — entrou em foco nas normas de trânsito brasileiras e tem chamado a atenção dos motoristas, que agora podem receber multa e pontos na Carteira Nacional de Habilitação (CNH) por acionar esses equipamentos de forma inadequada, conforme reportagem publicada pelo Portal 6.

A legislação atualizada busca eliminar confusões antigas entre condutores sobre quando e como utilizar corretamente diferentes tipos de iluminação automotiva, consideradas essenciais para segurança viária. O farol baixo continua sendo o principal dispositivo de iluminação obrigatório tanto à noite quanto em certas situações em rodovias.

Os faróis de neblina, por sua vez, devem ser utilizados apenas em condições específicas de visibilidade reduzida, como neblina intensa, chuva forte, cerração, fumaça ou poeira, pois seu padrão de luz foi desenvolvido para iluminar o solo sem refletir nas partículas suspensas no ar.

O uso inadequado desses equipamentos, segundo a nova regra, pode resultar em autuação e pontos na CNH. Por exemplo, o farol de neblina traseiro aceso sem necessidade pode ser confundido com a luz de freio, e isso pode gerar infração específica, enquanto o farol de milha é proibido em áreas urbanas com iluminação pública — seu uso nessas condições equivale a infração média, com penalidade financeira e pontuação.

O novo enfoque das normas também corrige a falsa ideia de que luzes auxiliares substituem o farol baixo obrigatório. Em rodovias simples, mesmo durante o dia, o farol baixo ou a luz de rodagem diurna são exigidos, e nem lanternas, nem faróis de neblina ou milha cumprirão essa exigência para evitar multas.

Autoridades e especialistas em trânsito destacam a importância de entender a função de cada tipo de farol e seu uso adequado, não apenas para evitar penalidades, mas também para reduzir riscos de ofuscamento e melhorar a previsibilidade no trânsito.

(Com informações de Isabella Valverde – Portal 6)