Presidente interino anunciou que vai visitar no próximo dia 15 o Centro Olímpico no Rio de Janeiro.
O presidente interino, Michel Temer (PMDB), afirmou nesta terça-feira em reunião com ministros no Palácio do Planalto, em Brasília, que irá visitar no próximo dia 15 o Centro Olímpico no Rio de Janeiro e convocou integrantes do primeiro escalão a acompanhá-lo. Temer disse que se reunirá com o presidente do Comitê Olímpico Internacional, Thomas Bach, e que pretende passar uma mensagem de segurança institucional e dar uma “injeção de ânimo”, em resposta a preocupações de atletas e delegações com o vírus zika e a falta de segurança. É a primeira viagem com data marcada de Temer na presidência.
“De vez em quando há uma ou outra afirmação relativa a eventual doença, a zika, ou então a insegurança. Nós temos que dar uma injeção de ânimo. Mais do que injeção de ânimo, temos que dar uma injeção de segurança institucional”, disse Temer. “A Olimpíada hoje significa muito para o país, especialmente num momento em que há uma certa falta de crença no país. É importante que nós tenhamos Jogos Olímpicos muito regulares, com todos os setores muito bem organizados.”
Mais cedo, o ministro da Casa Civil, Eliseu Padilha, e o secretário-executivo do Ministério do Esporte, Fernando Avelino, garantiram que as obras das instalações estão dentro do cronograma e que não há risco para a realização dos jogos. “Quando faltar dinheiro, nosso ministro da Fazenda já vem em socorro de todos, juntamente com o ministro do Planejamento”, disse Temer.
Temer decidiu de última hora participar da reunião com doze ministros e mais cinco integrantes do segundo escalão no Planalto.
Lava Jato – O ministro da Casa Civil esquivou-se de comentar os pedidos de prisão e a medida restritiva contra integrantes da cúpula do PMDB solicitadas ao Supremo Tribunal Federal pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot. “Só quem pode responder é o doutor Janot. Ele sabe por que fez, o que fez, o que escreveu, o que pediu Eu não sei nada, absolutamente nada”, disse Padilha, incomodado com os questionamentos. Ele encerrou a coletiva de imprensa depois da reunião sobre a Rio 2016 diante da insistência em perguntas sobre a ofensiva do Ministério Público contra os investigados. Por indícios de interferência na Operação Lava Jato, Janot pediu ao Supremo a prisão do presidente do Senado, Renan Calheiros (AL), do presidente afastado da Câmara, Eduardo Cunha (RJ), do ex-ministro do Planejamento senador Romero Jucá (RR) e o uso de tornozeleira eletrônica pelo ex-presidente da República e ex-senador José Sarney.
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